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Análise do recorde de transferências do Arsenal: dificuldade em vender –

Arsenal enfrenta um momento crucial nesta temporada, com atenção voltada para o trabalho de Mikel Arteta, que está à frente do clube desde 2019. O treinador espanhol fez transformações significativas na equipe, tornando-a uma das mais competitivas da Europa. No entanto, a falta de títulos nos últimos cinco anos tem gerado críticas intensas. Embora Arteta tenha conquistado a FA Cup logo após sua chegada, a equipe não levantou mais nenhum troféu desde então, apesar de contar com um dos elencos mais valorizados do mundo.

Uma das principais reclamações dos torcedores é a ausência de reforços na linha ofensiva, especialmente durante a janela de transferências de janeiro da última temporada. Essa necessidade de reforço se torna ainda mais urgente com a confirmação de que Martín Zubimendi se tornará o novo meio-campista defensivo da equipe. Embora Arteta tenha mostrado progresso em muitas áreas, persistem dúvidas sobre o desempenho do clube na hora de vender jogadores. Historicamente, Arsenal tem um péssimo registro nesse aspecto, ficando para trás em comparação com seus rivais.

A incapacidade do Arsenal de obter receitas significativas com a venda de jogadores não é um problema recente, mas tem se agravado sob a gestão atual. Nos últimos anos, o clube conseguiu arrecadar valores expressivos com a venda de atletas como Eddie Nketiah, Folarin Balogun e Emile Smith Rowe. No entanto, a equipe nunca vendeu um jogador por mais de 40 milhões de euros e ocupa a 13ª posição entre os clubes ingleses em termos de receitas de transferências na última década, sem contar com a janela atual.

Nos últimos dez anos, o Arsenal gerou 465 milhões de euros com vendas, quantia substancialmente inferior à arrecadação de clubes como Chelsea, que atinge 1,44 bilhão de euros, e Manchester City, que arrecadou 922 milhões. Com as novas normas financeiras mais rigorosas, a capacidade de gerar receita por meio de vendas se tornou ainda mais crucial. O clube arrecadou quase 100 milhões de euros com as vendas mencionadas, mas ainda está atrás de rivais diretos na luta pelo título da Premier League, como Liverpool e Manchester City. Mesmo clubes que foram rebaixados, como Leicester e Southampton, conseguiram arrecadar mais de 100 milhões de euros a mais do que o Arsenal neste mesmo período.

A pergunta que se impõe é por que o Arsenal não consegue vender jogadores por valores mais altos. Embora a venda de atletas por grandes taxas não seja a única forma de garantir a saúde financeira de um clube, ela ajuda bastante. Na temporada 2023/24, o Arsenal teve a sétima maior receita do mundo, totalizando 717 milhões de euros, e a terceira maior na Premier League, atrás apenas de Manchester City e Manchester United. Apesar de estar em uma posição financeira robusta para reforçar o elenco sem depender de vendas, essa área ainda precisa de melhorias.

O maior negócio do Arsenal até o momento foi a venda de Alex Oxlade-Chamberlain para o Liverpool, por 38 milhões de euros, em 2017, um valor que seria inferior a várias vendas de outros clubes da Premier League na próxima temporada, destacando a dificuldade da equipe em recuperar valores expressivos. Especialistas apontam que, na era de Arsène Wenger e Unai Emery, o recrutamento na equipe era desorganizado, o que dificultou a formação de um elenco com ativos vendáveis. Apesar de algumas melhorias na gestão atual, a capacidade de gerar receitas com vendas ainda precisa evoluir.

Redação EUVO News

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