A Polícia Civil revelou nesta terça-feira ter desmantelado um esquema de fraude bancária que estava desviando salários de jogadores de futebol por meio da utilização de identidades falsas. Até o momento, 11 pessoas foram presas durante a operação.
As investigações apontam que os criminosos abriam contas bancárias utilizando documentos falsificados em nome de atletas brasileiros. Com essas contas, solicitavam a transferência dos pagamentos de salários que deveriam ser creditados nas contas verdadeiras dos jogadores para as contas fraudulentas que criaram. Dentre as identidades usadas pelos golpistas, estavam as de conhecidos jogadores, incluindo Gabigol, que jogou no Flamengo e atualmente está no Cruzeiro, além do argentino Walter Kannemann, que atua pelo Grêmio.
Assim que os valores eram recebidos nas contas falsas, os criminosos transferiam o dinheiro para outras instituições financeiras ou compravam produtos e serviços. Também faziam saques em caixas eletrônicos, o que dificultava o rastreamento dos valores e a sua recuperação.
A investigação teve início em janeiro, após um banco detectar irregularidades nas operações de portabilidade da folha de pagamento de atletas. O esquema conseguiu desviar mais de R$ 1 milhão. Até agora, as autoridades lograram recuperar R$ 135 mil. Assim que perceberam a fraude, o banco agiu rapidamente para corrigir a vulnerabilidade e ressarcir as vítimas, que não tinham conhecimento do golpe.
A operação foi batizada de “Falso 9” e envolveu mais de 100 agentes da Polícia Civil de Rondônia e Paraná, com apoio das polícias do Amazonas e Mato Grosso. Na ação, 33 mandados foram cumpridos, a maioria deles para busca e apreensão, além de prisões preventivas. Os suspeitos enfrentam acusações de fraude eletrônica, uso de falsa identidade, uso de documentos falsos, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 33 anos de prisão.
