Um menino de 12 anos faleceu após participar do “desafio do apagão”, uma prática conhecida nas redes sociais, especialmente no TikTok. Essa atividade é perigosa e envolve sufocar-se intencionalmente para tentar alcançar uma sensação de euforia ou desmaiar, o que pode resultar em lesões graves ou morte. O incidente ocorreu em Castleford, na Inglaterra, no dia 27 de junho. A informação foi compartilhada pela família do garoto em uma campanha no site GoFundMe, que tem como objetivo arrecadar fundos para custear o funeral e oferecer apoio psicológico.
A polícia de West Yorkshire recebeu um chamado de emergência às 18h06. Chegando ao local, os agentes encontraram o menino inconsciente e o levaram rapidamente para o hospital, onde a morte foi confirmada. Um legista da cidade está investigando as circunstâncias do caso, que até o momento não é tratado como suspeito.
Na campanha criada por Agnieska Czerniejewska, a vítima, identificada apenas como Sebastian, foi descrita como um menino sorridente e gentil, com muitos sonhos e um talento admirável. Agnieska expressou a tristeza pela perda, ressaltando que Sebastian tinha uma família amorosa que se esforçou para garantir uma infância segura e feliz. A descrição enfatiza que o que ocorreu foi uma tragédia.
A campanha também tem um apelo para que outros pais estejam mais atentos ao que seus filhos fazem na internet. Foi sugerido que os adultos perguntem sobre o que as crianças assistem, com quem conversam e o que as inspira. A mensagem destaca que o mundo online pode ser tão perigoso quanto o mundo real, e, em alguns casos, até mais.
Até o momento, a campanha já recebeu 375 doações, totalizando mais de 7.344 euros, o que equivale a cerca de R$ 47,2 mil.
Esse não é um caso isolado. Em 2022, foi reportado que pelo menos 20 mortes em um período de 18 meses estavam ligadas ao “desafio do apagão”, com 15 dessas vítimas sendo crianças de 12 anos ou menos. Neste ano, os pais de quatro adolescentes britânicos, que também perderam seus filhos por conta desse desafio, processaram o TikTok nos Estados Unidos, atribuindo à plataforma a responsabilidade pelas mortes.
No processo judicial, é alegado que o algoritmo do TikTok direcionava intencionalmente conteúdo perigoso às crianças para aumentar o tempo de uso da plataforma e gerar receita. O caso está sendo conduzido pelo Centro de Advocacia para Vítimas de Mídias Sociais, que representa as famílias afetadas. Em resposta, o TikTok informou que bloqueia buscas relacionadas ao “desafio do apagão” desde 2020 e que possuem diretrizes para impedir desafios perigosos, removendo rapidamente esse conteúdo e redirecionando usuários para informações de segurança.
