Notícias Agora

Karen Read enfrenta novos desafios legais; veja os próximos passos. –

Uma mulher de Massachusetts, Karen Read, foi inocentada das acusações de assassinato e homicídio culposo relacionadas à morte de seu namorado, John O’Keefe. Apesar disso, Read ainda enfrenta questões legais em decorrência da tragédia. A família do policial de Boston, que faleceu, entrou com uma ação por morte injusta contra ela e dois bares de Canton onde Read e O’Keefe estiveram na noite do falecimento.

A ação, apresentada após um julgamento anterior que resultou em um mistrial para Read, afirma que ela estava sob a influência de álcool e incapaz de dirigir de forma segura ao transportar O’Keefe para uma festa depois de terem consumido diversas bebidas. Um julgamento subsequente a essa acusação resultou na condenação de Read por dirigir sob influência de álcool.

Os autores da ação por morte injusta incluem o irmão, os pais e a sobrinha de O’Keefe, que morou com ele após a perda repentina de seus próprios pais. A tentativa de contato com o advogado da família não teve resposta.

Os resultados da ação miram principalmente as mesmas alegações que foram levantadas durante o julgamento criminal. A família afirma que Read discutiu com O’Keefe antes de sua morte e o atingiu com seu SUV em um momento de embriaguez, deixando-o à mercê das condições adversas no dia da tragédia. Acredita-se que ela consumiu um total de nove bebidas alcoólicas naquela noite. Um especialista em ciências forenses da Polícia Estadual de Massachusetts estimou que seu nível de álcool no sangue variava entre 0,14% e 0,28% na madrugada do dia 29 de janeiro de 2022, quando O’Keefe faleceu. Para referência, o limite legal para dirigir é de 0,08%.

Além disso, os bares mencionados na ação são acusados de servir álcool de maneira irresponsável a Read, que já estava intoxificada. A família O’Keefe também busca compensação por danos emocionais, alegando que Read alterou sua narrativa sobre os acontecimentos de forma deliberada e enganosa, o que causou sofrimento à sua sobrinha.

O caso se torna mais complexo considerando a possibilidade de Read enfrentar outro julgamento civil, mesmo tendo sido inocentada em sua acusação criminal. A legislação permite que uma pessoa seja responsabilizada em um processo civil, mesmo que não tenha sido condenada criminalmente.

Se Read for considerada responsável pela morte de O’Keefe, suas penalidades serão apenas financeiras e ela não enfrentará prisão, mas poderá ser condenada a pagar um valor de pelo menos R$ 250 mil em danos.

O padrão de prova em um caso civil é menos rigoroso que em um criminal. Para a ação por morte injusta, a família precisa apresentar evidências que convençam o tribunal de que é mais provável que Read tenha contribuído para a morte de O’Keefe.

No que diz respeito à representação legal, Read está agora sendo assistida por um novo time de advogados especializados em casos civis, enquanto sua defesa anterior, que teve sucesso nas questões criminais, se dedica a projetos relacionados ao caso.

Ainda não há uma data definida para que a ação por morte injusta seja resolvida, com os processos legais sendo adiados à espera de desdobramentos nos casos anteriores. Em uma decisão, um juiz permitiu que Read não prestasse depoimento até o término de sua defesa criminal, respeitando o direito constitucional contra auto-incriminação.

Redação EUVO News

Conteúdo original produzido pela equipe editorial do EUVO News. Nossa redação se dedica a entregar informação de qualidade sobre eventos, cultura e atualidades do Brasil.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo