Um novo objeto interestelar, possivelmente o maior já observado, foi detectado cruzando o sistema solar a alta velocidade. Astrônomos confirmaram essa descoberta, que representa o terceiro visitante proveniente de fora do sistema solar. A identificação do objeto ocorreu no dia 2 de julho de 2025.
O objeto foi classificado como um cometa pelo Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional (UAI). De acordo com o astrônomo Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, a aparência do cometa sugere que ele é composto principalmente de gelo em vez de rocha.
Richard Moissl, responsável pela defesa planetária da Agência Espacial Europeia (ESA), afirmou que não há risco de colisão com a Terra. Ele explicou que o objeto passará pela órbita de Marte a uma velocidade impressionante, estimada em até 60 quilômetros por segundo, o que equivale a mais de 200 mil quilômetros por hora. Além disso, Moissl destacou que a trajetória do cometa indica que ele não está em órbita ao redor do Sol, mas sim se originou do espaço interestelar e retornará a esse mesmo local.
O objeto foi detectado pelo projeto ATLAS, que monitora asteroides e é financiado pela NASA, com sede no Havaí. Após sua descoberta, astrônomos profissionais e amadores colaboraram para analisar os dados coletados por telescópios e reconstruir a trajetória do objeto desde o dia 14 de junho.
Os cientistas calcularam que o diâmetro do objeto varia entre 10 e 20 km, embora esse tamanho possa ser menor caso ele seja composto predominantemente de gelo, pois esse material reflete mais luz. Moissl afirmou que o cometa ficará cada vez mais brilhante à medida que se aproximar do Sol, prevendo que será observável por telescópios até o próximo ano.
Esse evento marca o terceiro registro de um objeto interestelar por parte da humanidade. O primeiro foi chamado Oumuamua e foi detectado em 2017, seguido por 2I/Borisov em 2019.
