Professores chegam a um acordo com a Secretaria de Educação Pública para o reembolso de salários após greve nacional. Próxima reunião acontece em 10 de julho.
Na Cidade do México, no dia 4 de julho, professores das seções 9, 10, 11 e 60 da Coordenadoria Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) realizaram uma manifestação pacífica em frente ao prédio da Direção Geral de Recursos Humanos da Secretaria de Educação Pública (SEP). O protesto ocorreu para exigir o pagamento dos salários descontados devido à participação dos docentes na greve nacional realizada em maio e junho.
Por volta das 11h, centenas de professores iniciaram uma marcha a partir da estação Chabacano do metrô até a sede da SEP, como forma de pressionar as autoridades, uma vez que uma reunião previamente marcada com o Secretário de Educação Pública, Mario Delgado, havia sido cancelada.
O professor Pedro Hernández, líder da seção 9, informou que aproximadamente 5.485 docentes tiveram descontos em seus salários totalizando mais de 10 milhões de pesos. Os valores descontados variaram entre 595 e 3.828 pesos.
Durante a manifestação, a equipe da Direção Geral de Recursos Humanos foi evacuada pelas escadas de emergência, enquanto os professores se mantiveram presentes dentro e fora do prédio por mais de cinco horas. A pressão dos manifestantes resultou em uma reunião entre representantes da Autoridade Educativa Federal na Cidade do México e uma comissão de professores, onde foi acordado o reembolso dos descontos salariais.
Juan Carlos Cummings, representante da Aefcm, afirmou que o Secretário Mario Delgado autorizou o retorno dos valores descontados, mas não informou a data específica para o pagamento. Uma nova reunião entre os docentes e os funcionários federais foi agendada para o dia 10 de julho, às 11h, onde o titular da Aefcm, Luciano Concheiro, participará e deverá apresentar uma resposta formal às demandas da CNTE.
Além das ações no prédio da SEP, os professores também se dirigiram ao Tribunal Federal de Conciliação e Arbitrariedade, na Colônia Obrera, onde apresentaram um documento com quase 200 assinaturas da seção 9. Este documento denunciava a falta de reconhecimento do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Educação (SNTE) em relação aos líderes eleitos no ano passado.
Como resposta às manifestações, a Secretaria de Educação Pública anunciou um aumento salarial de 10% para o pessoal docente, conforme publicado no Diário Oficial da Federação. Esse aumento, que foi anunciado pela presidenta Claudia Sheinbaum Pardo durante uma coletiva de imprensa, beneficiará todos os níveis da educação básica, especial e inicial, com um pagamento retroativo ao salário base a partir de 1º de janeiro de 2025. O ajuste inclui todas as categorias de docentes listados na tabela salarial, abrangendo também educadores de serviços educativos e de missões culturais.
