No último sábado, o clássico entre Bahia de Feira e Fluminense de Feira, válido pela semifinal da segunda divisão do Campeonato Baiano, foi marcado por episódios de violência e racismo. O jogo, realizado no estádio Joia da Princesa, terminou empatado em 1 a 1, mas essa informação perdeu destaque em meio aos incidentes ocorridos durante a partida.
As confusões começaram logo aos sete minutos do primeiro tempo. O meia João Grilo, jogador do Fluminense de Feira, foi expulso após morder o braço do atacante Patrick, do Bahia de Feira, em uma disputa de bola. O árbitro Bruno Pereira Vasconcelos presenciou a cena e tomou a decisão de expulsar João Grilo. No entanto, também mostrou o cartão vermelho para Patrick, que foi mordido, criando um clima de tensão. Patrick, visivelmente irritado, reagiu de forma descontrolada e precisou ser contido por seus colegas de time.
Além deste incidente, o goleiro Deijair, do Bahia de Feira, foi alvo de gritos racistas vindos de torcedores. Ele, que estava no banco de reservas, denunciou a situação, levando o árbitro a acionar o protocolo antirracista da FIFA. Tanto a equipe do Bahia de Feira quanto a Federação Bahiana de Futebol repudiaram os atos de racismo ocorridos durante a partida.
A tensão prosseguiu até o final do jogo, quando novas expulsões aconteceram e torcedores do Fluminense de Feira invadiram o campo. Eles avançaram em direção à equipe de arbitragem, contestando as decisões feitas ao longo do duelo.
A disputa pela vaga na elite do futebol baiano será definida no próximo sábado, às 15h, na Arena Cajueiro, onde Bahia de Feira e Fluminense de Feira voltam a se enfrentar. A outra semifinal será entre Itabuna e Galícia. As equipes que se destacarem avançam para a primeira divisão do Campeonato Baiano em 2026.
