Foto: Xataka
A empresa de inteligência artificial Anthropic está enfrentando um processo judicial por utilizar conteúdo de terceiros para treinar sua IA, chamada Claude. Entre esse conteúdo estão milhões de livros que a Anthropic alega ter adquirido legalmente. Recentemente, novas informações vieram à tona sobre o que aconteceu com esses livros após o uso.
A questão chamou a atenção de muitos, especialmente após um relatório indicar que modelos de IA voltados para geração de textos estão se tornando comuns em nosso dia a dia. Isso levantou dúvidas sobre a origem do aprendizado dessas máquinas, gerando preocupações sobre o uso de textos, livros e obras de arte sem a devida autorização ou pagamento de royalties aos autores.
De acordo com documentos judiciais, a Anthropic investiu milhões de dólares na digitalização de livros impressos como parte do desenvolvimento de Claude, seu assistente de IA. Para isso, a empresa adotou uma prática polêmica: cortou as encadernações de milhões de livros, digitalizou seu conteúdo e descartou os oriundos impressos, tudo voltado exclusivamente para o treinamento de sua inteligência artificial.
O processo judicial, que possui 32 páginas, revela que em fevereiro de 2024 a Anthropic contratou Tom Turvey, um ex-executivo do Google Books, com a missão de obter “todos os livros do mundo”. Essa decisão intensifica as preocupações sobre o uso ético de materiais culturais e sobre como a tecnologia está avançando em um terreno que pode afetar autores e criadores de conteúdo.
Essas ações da Anthropic levantam questões importantes sobre os limites do uso de conteúdo protegido e o impacto da inteligência artificial na indústria editorial e cultural. O futuro da interação entre tecnologia e direitos autorais é incerto e continua sendo um tema a ser debatido amplamente.
