Vida de Schumacher em uma década de discrição e isolamento –

• Bongarts/Getty Images
Michael Schumacher, ex-piloto de Fórmula 1 e um dos maiores nomes da história do automobilismo, vive há mais de dez anos em uma situação de saúde delicada após um grave acidente de esqui em 29 de dezembro de 2013. Desde aquele dia, sua vida é marcada por um elevado grau de privacidade e cuidados intensivos, com informações limitadas sobre seu estado, sendo compartilhadas somente por pessoas próximas à família.
Recentemente, o site argentino “La Gaceta” publicou um material que aborda como Schumacher tem vivido nesse período. A família estabeleceu um ambiente discreto para que o piloto possa passar por essa fase da melhor maneira possível. Uma das maneiras que a família encontrou para se comunicar com ele é através do movimento dos olhos, já que ele não consegue se expressar verbalmente e suas funções motoras estão bastante comprometidas.
A informação foi corroborada por Elisabetta Gregoraci, ex-esposa de Flavio Briatore, que foi chefe de equipe de escuderias como Benetton e Renault. De acordo com o jornalista alemão Felix Gorner, Schumacher não tem condições de articular pensamentos e suas capacidades motoras sofreram muitas perdas.
Desde o acidente, o piloto não fez nenhuma aparição pública e está sob rígida supervisão de uma equipe de cuidados, que pode contar com até 15 profissionais dedicados para assisti-lo 24 horas por dia. Uma das práticas mencionadas para estimular suas funções cerebrais é colocar Schumacher em um carro da Mercedes equipado com sons típicos de uma corrida de Fórmula 1. Essa atividade é considerada uma forma de trazer lembranças e estímulos auditivos familiares ao piloto.
A esposa de Schumacher, Corinna, já declarou em um documentário que, apesar das circunstâncias, ele está “diferente, mas aqui”. As visitas a ele são restritas e feitas apenas por pessoas muito próximas, mantendo o respeito à sua privacidade e em consideração ao delicado momento que está vivendo.
Michael Schumacher, que hoje tem 56 anos, teve uma carreira de destaque na Fórmula 1, competindo de 1991 a 2006, e depois novamente de 2010 a 2012. Ele é reconhecido como um dos melhores pilotos da história, tendo conquistado sete títulos mundiais — cinco deles pela Ferrari e dois pela Benetton —, além de acumulado 91 vitórias e 155 pódios em sua trajetória na categoria.