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Crítica do filme de James Gunn –

O filme “Superman”, dirigido por James Gunn, começa com informações essenciais sobre o novo universo da DC. Ele apresenta um cenário onde seres com superpoderes, chamados meta-humanos, existem há 300 anos. A história se concentra em um evento crucial de 30 anos atrás, quando uma nave de Krypton pousou na fazenda da família Kent. Três anos atrás, essa nave trouxe a Terra o Homem de Aço, e, mais recentemente, ele enfrentou sua primeira derrota.

O início do filme é bastante dinâmico, trazendo o público à ação de forma rápida. A narrativa assume que o espectador já tem conhecimento básico sobre o personagem Clark Kent, o Superman. Gunn optou por não gastar tempo recontando a origem do herói, permitindo que o público mergulhe na história sem a necessidade de um extenso preparo. Isso marca o início de uma nova era no cinema de super-heróis.

A trama avança rapidamente, revelando que, há três semanas, o Superman, interpretado por David Corenswet, conseguiu evitar uma invasão na nação fictícia de Borávia. Essa ação, embora sem vítimas, gerou questões políticas e dúvidas entre os cidadãos sobre o papel do Superman. Essa situação abre caminho para o vilão Lex Luthor, vivido por Nicholas Hoult, elaborar um plano para desacreditar o herói.

O filme também destaca a relação entre Superman e Lois Lane, interpretada por Rachel Brosnahan. Durante uma entrevista, eles têm uma discussão que revela as complexidades da vida pessoal do herói, mostrando sua luta interna e suas responsabilidades. O desempenho de Corenswet permite que Clark Kent seja visto como um personagem comum, com medos e desejos, enquanto a atuação de Brosnahan traz uma química forte para a tela.

Lex Luthor, por sua vez, é retratado como uma figura inteligente, mas com um ego vulnerável. Essa complexidade torna sua motivação mais atraente e torna-o um dos melhores vilões da franquia até o momento. Além disso, o filme menciona a presença de outros meta-humanos, o que amplia o contexto do universo DC e traz novos personagens ao centro da história.

O desenvolvimento dos coadjuvantes, como o Sr. Incrível e a Mulher-Gavião, é apresentado de maneira eficaz, mesmo que alguns personagens permaneçam subutilizados. O roteiro de Gunn oferece diálogos de qualidade e temáticas relevantes, envolvendo os espectadores nas diversas tramas apresentadas.

Entretanto, o filme enfrenta desafios ao lidar com múltiplas linhas de narrativa no segundo ato, o que pode diluir o foco da história principal. Contudo, na reta final, “Superman” recupera sua força com sequências de ação vibrantes e confrontos emocionantes, equilibrando discussões filosóficas com as cenas de luta.

James Gunn traz uma nova abordagem ao personagem, mostrando Clark Kent como uma figura humana, com preocupações realistas, como um cachorro de estimação e um namoro incerto. O filme reflete sobre a essência do herói, enfatizando que a verdadeira batalha do Superman não é apenas contra inimigos, mas também contra a solidão e a busca por conexão.

Com isso, “Superman” representa o início de uma nova fase para o cinema de super-heróis. Apesar de seu desafio em competir com outros estúdios, o filme se destaca pela sua narrativa honesta e envolvente, apresentando um herói que, mesmo em sua complexidade, permanece profundamente humano.

Redação EUVO News

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