Esquerda pressiona Congresso após troca de prisão de Bolsonaro –

Após a derrubada do decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o PT e outros grupos de esquerda começaram a se mobilizar nas redes sociais, considerando esse momento uma “janela de oportunidade” para intensificar as críticas ao Congresso. Eles passaram a caracterizar o legislativo como um suposto inimigo do povo e protetor dos interesses dos mais ricos.
A deputada Erika Hilton, do PSOL de São Paulo, destacou que há um crescente clamor nas redes sociais pedindo mobilizações de rua. Segundo ela, a esquerda está se reposicionando e agora busca trazer suas próprias pautas para o debate, ao invés de apenas reagir às narrativas da extrema direita.
Entretanto, algumas propostas apresentadas pela esquerda enfrentam resistência por parte do Legislativo. Uma pesquisa recente indicou que 70% dos deputados se opõem ao fim da escala de trabalho 6×1, que é uma questão importante para muitos trabalhadores. Erika Hilton enfatizou que a pesquisa é anônima e que poucos parlamentares se manifestaram publicamente contra essa escala de trabalho. Isso ocorre porque muitos deles estão cientes de que essa questão é relevante para o eleitorado, e é improvável que se posicionem abertamente contra mais tempo de descanso e lazer.
Além disso, a campanha da esquerda nas redes sociais tem atraído atenção. Um levantamento revelou que a campanha “BBB”, que defende a taxação de bilionários, bancos e apostas, já acumulou 4,5 milhões de postagens em plataformas como X, Instagram e Facebook. O uso de expressões como “Congresso inimigo do povo” e “ricos paguem a conta” se tornou comum na comunicação do PT, que também investiu na produção de vídeos utilizando inteligência artificial para disseminar sua mensagem.