As autoridades da República Dominicana confirmaram nesta sexta-feira que pelo menos quatro pessoas morreram após o naufrágio de uma lancha que transportava migrantes em direção a Porto Rico. Até o momento, dezessete sobreviventes foram resgatados, mas ainda há pessoas desaparecidas.
De acordo com a Defesa Civil, entre os sobreviventes estão cidadãos dominicanos e haitianos. Os relatos indicam que cerca de 50 pessoas estavam a bordo da embarcação no momento do acidente. Os corpos de uma mulher e três homens foram encontrados até agora.
As lanchas envolvidas nesse tipo de travessia são conhecidas como yolas. Embora tradicionalmente sejam usadas para pesca, muitas vezes são adaptadas para transportar migrantes de forma ilegal até Porto Rico, que é um território com status de Estado Livre Associado aos Estados Unidos. Algumas dessas embarcações podem levar até 100 pessoas, mesmo apresentando altos riscos.
Quatro pessoas continuam internadas no Hospital Municipal de Verón, em Punta Cana. O subdiretor da unidade, Joel Martínez, informou que, entre os sobreviventes, está um adolescente de 15 anos e oito haitianos.
A Marinha Dominicana declarou que a lancha “tentava realizar uma travessia ilegal até Porto Rico” quando o naufrágio aconteceu nas águas próximas à costa de Juanillo, na província de La Altagracia, no extremo leste da ilha.
A rota entre a República Dominicana e Porto Rico é de aproximadamente 130 quilômetros. Embora seja considerada perigosa, muitos migrantes ainda a utilizam em busca de melhores condições de vida.
A migração ilegal nesse trecho é uma prática comum há décadas. As yolas, geralmente feitas de madeira ou fibra de vidro, não seguem normas de segurança básicas, mas mesmo assim, uma viagem clandestina para Porto Rico pode custar mais de 7 mil dólares.
