Suspeito de pichação em área tombada se apresenta à polícia –

Um terceiro suspeito de pichar uma área tombada na Cidade Velha, em Belém, se apresentou à Polícia Civil na quarta-feira, 9 de outubro. Durante o interrogatório, ele decidiu não falar e reservou-se ao direito de permanecer em silêncio. Com isso, todos os envolvidos no crime, que aconteceu nas proximidades do Forte do Presépio, já foram identificados e ouvidos.
A investigação está sendo feita pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Ordenamento Urbano e Patrimônio Cultural, que faz parte da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa). Os outros dois suspeitos já tinham prestado depoimento anteriormente. O primeiro se apresentou na segunda-feira, 7, e confessou a pichação, mencionando os nomes dos demais envolvidos. O segundo prestou depoimento no dia seguinte, terça-feira, 8.
Durante as oitivas, um dos investigados entregou uma caneta do tipo “Solid Marker”, que supostamente foi usada para realizar as pichações. A caneta foi apreendida e passará por perícia. A polícia também aguarda o laudo técnico do local para finalizar o inquérito.
Segundo o delegado Edson Azevedo, da Demapa, a equipe de investigação coletou rapidamente os elementos necessários e cruzou dados de diferentes fontes. Ele afirmou que todos os autores foram identificados e que agora aguardam os resultados das perícias para seguir com o procedimento e encaminhar o caso à Justiça.
As pichações ocorreram durante a madrugada de sábado, 5 de outubro, afetando pedras históricas e áreas de passeios públicos ao redor do Forte do Presépio, reconhecido como patrimônio cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os três suspeitos enfrentarão acusação por pichação em bem tombado, conforme a Lei de Crimes Ambientais, que prevê penas de seis meses a um ano de detenção, além de multa. Se for comprovado que houve dano ao patrimônio público, poderão ser processados também por dano qualificado, com penas que vão de seis meses a três anos de detenção.
Caso seja comprovada a formação de um grupo organizado para a prática desses atos, eles poderão responder ainda por associação criminosa, com penas que variam de um a três anos de reclusão. A Polícia Civil destaca que denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque-Denúncia, no número 181.
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