Delegado reconsidera prisão de PM da Rota após ver imagens –

Um policial militar da ROTA, unidade de elite da Polícia Militar de São Paulo, pode ter enfrentado a prisão após ter baleado um agente da Polícia Civil, Rafael Moura da Silva, de 38 anos. O incidente ocorreu durante uma operação na zona sul da capital paulista, na sexta-feira, 11 de agosto.
O delegado do 37º Distrito Policial, localizado no Campo Limpo, inicialmente considerou dar voz de prisão ao policial militar envolvido. No entanto, essa decisão foi reconsiderada após a análise das imagens capturadas pelas câmeras corporais dos PMs. As filmagens mostraram que Rafael, que estava à paisana e armado, foi atingido em um contexto de tensão, sugerindo que o tiro poderia ter sido dados em legítima defesa. Essa análise foi feita por fontes ligadas à investigação.
O ocorrido teve início na Rua Pedro Faber, no bairro do Capão Redondo. Rafael e um colega da Polícia Civil estavam em uma abordagem a pé quando se depararam com a equipe da ROTA. Apesar de se identificarem como policiais, gritando “polícia”, os PMs não reconheceram que estavam lidando com agentes civis e abriram fogo, resultando em múltiplos ferimentos.
Rafael foi atingido por três disparos: um no braço, outro na perna e um terceiro nas costas. Ele está internado em estado gravíssimo no Hospital das Clínicas. O outro policial civil, que também estava na operação, foi atingido de raspão na cintura, mas sem gravidade.
O porta-voz da Polícia Militar, coronel Emerson Massera, comunicou que, até o momento, os policiais da ROTA não serão afastados das atividades. Ele informou que um inquérito da Polícia Militar foi aberto para investigar todos os detalhes desse incidentes.