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Charles Leclerc relembra Jules Bianchi, dez anos após sua morte –

Há dez anos, a Fórmula 1 enfrentou uma tragédia que marcou a história do automobilismo. Durante o Grande Prêmio do Japão, realizado no Circuito de Suzuka, a corrida aconteceu apesar das intensas chuvas provocadas pelo tufão Phanfone. No final da prova, o piloto Adrian Sutil, da equipe Sauber, perdeu o controle de seu carro e bateu nas barreiras de proteção, o que levou à exibição das bandeiras amarelas duplas, alertando os outros pilotos sobre o acidente.

Enquanto equipes de resgate entravam na pista para atender Sutil, um novo acidente ocorreu. Jules Bianchi, piloto da Marussia, perdeu o controle do carro nas mesmas condições e colidiu com o veículo de recuperação a uma velocidade de 126 km/h. Ele foi rapidamente levado ao Hospital Geral de Mie, onde passou por cirurgia devido a uma grave lesão na cabeça. Infelizmente, Bianchi nunca recuperou a consciência e faleceu em 17 de julho de 2015, aos 25 anos.

Bianchi foi o primeiro piloto a morrer durante um fim de semana de corrida da F1 desde Ayrton Senna, que faleceu em 1994. Sua morte resultou em mudanças importantes na segurança do automobilismo, como a introdução do dispositivo halo, que protege a cabeça dos pilotos, e o sistema de segurança virtual, que reduz a velocidade dos carros em situações perigosas.

Antes de sua trágica morte, Bianchi havia conquistado a primeira pontuação da equipe Marussia no Grande Prêmio de Mônaco de 2014 e tinha uma forte ligação com a Ferrari. O ex-presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, destacou que Bianchi era considerado parte da “família Ferrari” e tinha grande potencial para o futuro da equipe.

Charles Leclerc, atual piloto da Ferrari, era um amigo próximo de Bianchi e o considerava um mentor. Leclerc relembra como Bianchi impactou sua carreira, ressaltando que, sem ele, não estaria onde está hoje. A amizade entre os dois começou na infância, quando se conheceram no karting, e mesmo com a diferença de idade, estabeleceram uma forte conexão. Leclerc frequentemente assistia Bianchi e aprendia observando seu estilo de corrida e dedicação.

A trajetória de Bianchi na F1 começou na Ferrari, onde se tornou piloto de testes em 2011, e, em 2012, foi reserva da Force India antes de estrear como piloto titular da Marussia em 2013. Sua corrida mais memorável foi em Mônaco, onde conquistou o nono lugar, garantindo os primeiros pontos da equipe.

Após a morte de Bianchi, Leclerc continuou a carreira, enfrentando desafios financeiros que quase impediram sua ascensão ao automobilismo. Graças à intervenção de Bianchi, que conversou com seu empresário para ajudar Leclerc, ele conseguiu continuar competindo, tornando-se um dos principais pilotos da F1 nos dias de hoje.

A memória de Bianchi também é celebrada em eventos como a Maratona de Karting Jules Bianchi, realizada anualmente para arrecadar fundos para a associação que leva seu nome e apoia hospitais. Leclerc participa da corrida com amigos, mantendo viva a lembrança do amigo e mentor.

Bianchi continua presente nas corridas da Fórmula 1. Desde 2018, todos os carros são equipados com o dispositivo halo, que tem salvado vidas em acidentes, e o sistema de segurança virtual, desenvolvido especialmente em resposta ao acidente de Bianchi, garante maior segurança em situações de risco. Sempre que Leclerc entra na pista, ele carrega a lembrança de Bianchi, que está homenageado em seu capacete, deixando claro que, apesar das circunstâncias trágicas, ambos realizaram o sonho de se tornar pilotos de Fórmula 1.

Redação EUVO News

Conteúdo original produzido pela equipe editorial do EUVO News. Nossa redação se dedica a entregar informação de qualidade sobre eventos, cultura e atualidades do Brasil.

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