Esperanza Spalding comenta amizade com Milton Nascimento no Brasil

Na cerimônia do Grammy, realizada em Los Angeles no dia 2 de fevereiro, a cantora Esperanza Spalding se sentiu desencorajada a comparecer após saber que seu ídolo e amigo, Milton Nascimento, não estaria presente. Ambos estavam indicados na categoria “Melhor álbum vocal de jazz” pela obra “Milton + Esperanza” (2024). Enquanto Esperanza seria acomodada em uma das mesas principais, Milton havia sido colocado nas arquibancadas, uma decisão que desconsiderou sua carreira de prestígio e suas dificuldades de locomoção devido à idade.
Milton optou por não participar da cerimônia, levando Esperanza a pensar em um protesto. Inicialmente decidida a ficar em casa assistindo ao evento pela televisão com Milton e seu filho, Augusto Nascimento, ela foi convencida por amigos a ir. Em vez de apenas não comparecer, ela decidiu levar Milton “de papelão” como forma de homenageá-lo. Com uma placa que dizia “This living legend should be seated here!” (“Essa lenda viva deveria estar sentada aqui!”), ela expressou sua indignação de forma criativa.
No Grammy, a estatueta de “Melhor álbum vocal de jazz” foi para a cantora americana Samara Joy, que também havia sido a vencedora da categoria “Melhor artista revelação” no ano anterior.
Esperanza e Milton têm uma forte amizade de mais de uma década. Eles se apresentaram juntos no Rock in Rio em 2011 e demonstram uma grande admiração mútua. Esperanza destacou a autenticidade de Milton, descrevendo-o como alguém que sempre fala a verdade e é fiel a si mesmo e aos outros.
Após o Grammy, Esperanza retornará ao Brasil neste mês para realizar uma série de três shows, com apresentações marcadas em Belo Horizonte (14), Rio de Janeiro (18) e São Paulo (20). A expectativa é que os shows apresentem um maior número de faixas do álbum “Milton + Esperanza”, pois a cantora expressou seu amor pela música que criou em parceria com Milton.
Além das apresentações, ela planeja visitar amigos durante sua estadia no Brasil. Esperanza comentou sobre sua conexão com a cultura brasileira, pensando nas semelhanças entre as histórias coloniais dos Estados Unidos e do Brasil. Ela mencionou como a luta contra os sistemas de desigualdade em ambos os países poderia criar um entendimento mútuo interessante entre as duas nações.
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