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Caetano Veloso faz show de revolução pela alegria em cores vibrantes

Caetano Veloso Brilha em Show de Miniturnê em São Paulo

Caetano Veloso, um dos maiores ícones da música brasileira, anunciou uma redução em sua agenda de shows após a grandiosa turnê com sua irmã, Maria Bethânia, prevista para 2024 e 2025. Nesse contexto, sua apresentação na miniturnê “Festivais” em São Paulo, no dia 7 de setembro, se tornou um evento especial e aguardado.

O show é cuidadosamente adaptado ao clima e ao público de festivais. Caetano descreve a apresentação como um “enfrentamento”, trazendo ao palco grandes sucessos, alguns deles raramente tocados ou até inéditos. Entre as novidades foi a performance da poderosa canção “Divino, Maravilhoso”, lançada em 1968, que combina um tom pop com letras de forte impacto.

A abertura do setlist foi marcada pela apaixonada “Branquinha”, dedicada à sua esposa, Paulinha Lavigne. A canção reflete sobre as dificuldades do mundo, usando uma letra considerada “ingênua” como um antídoto às questões sociais que afligem a sociedade.

Outro destaque do show foi “Podres Poderes”, um forte manifesto contra o autoritarismo, que continua a ressoar entre públicos de diversas gerações. A música é uma crítica à influência de certos líderes religiosos nas esferas políticas, denunciando a necessidade constante de se combater “ridículos tiranos”. Caetano apresentou essa canção em um performance imponente que também encontra eco na nova turnê de Bethânia.

Na sequência, “Anjos Tronchos” da mais recente obra de Caetano, Meu Coco, de 2021, explora criticamente o impacto das grandes empresas de tecnologia na sociedade.

O show, que ocorreu no Coala Festival, uma celebração da música brasileira, também apresentou clássicos do repertório popular. Canções como “Sozinho” e “Você Não Me Ensinou a Te Esquecer” foram extremamente bem recebidas, com o público cantando junto, alimentando um clima de celebração e união. A profundidade de “Eclipse Oculto” também foi uma grata surpresa para muitos presentes.

Além disso, a canção “Linha do Equador”, que referencia o compositor Djavan, também fez parte das apresentações, mostrando a constante popularidade e influência do artista entre as novas gerações.

A performance de Caetano se tornou ainda mais política na parte final do show. A música “Um Índio” fala sobre a esperança de um salvador, vindo das raízes dos povos indígenas e da natureza. Já “Fora da Ordem” arrancou aplausos e reflexões, trazendo à tona temas sobre desigualdade e a degradação nas grandes cidades, refletindo muito da realidade brasileira contemporânea.

A proposta de transformação através do samba foi enfatizada em “Desde Que o Samba é Samba”, mostrando que esse ritmo, nascido da cultura popular, é uma força poderosa e necessária para a mudança. Pretinho da Serra, que fazia parte da banda que acompanhou Caetano, garantiu uma energia especial durante as músicas.

O que ficou mais evidente durante a apresentação foram as mensagens de alegria e resistência. Caetano concluiu o show com “Odara”, uma canção que, por muitos anos, foi vista como polêmica. Hoje, “Odara” simboliza uma festa pela vida e pela esperança, e seu significado se fortalece com o tempo.

Aos 83 anos, Caetano Veloso continua a inspirar e encantar novos e velhos fãs, mostrando que, apesar das dificuldades, a alegria e a luta por um futuro melhor são essenciais. Ele expressou em entrevistas seu desejo por um futuro mais digno, acreditando que novas gerações poderão testemunhar mudanças significativas no horizonte.

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Redação EUVO News

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