Guillermo Ochoa conquistou sua sexta Copa Ouro, tornando-se o jogador mexicano mais vitorioso na história do torneio. No entanto, a sua participação na partida e na celebração foi discreta. Enquanto seus colegas comemoravam de forma entusiasmada no gramado do NRG Stadium, Ochoa foi visto andando sozinho, com os braços cruzados e o olhar distante, como se estivesse absorvendo cada momento daquele dia. Essa cena gerou preocupação entre os fãs e levantou uma questão importante.
Ochoa, que foi convocado para a Copa Ouro de 2025 pelo técnico Javier Aguirre, não atuou em nenhum minuto durante o torneio. A posição de goleiro foi ocupada por Luis Ángel Malagón e Raúl Rangel. Nesse novo papel, Ochoa se destacou como um líder silencioso, oferecendo conselhos e suporte emocional aos companheiros do banco de reservas.
A mudança no papel de Ochoa é clara. Ele não é mais o goleiro titular, mas sim um mentor para os jogadores mais jovens que estão surgindo. A imagem do goleiro caminhando sozinho entre a festa dos outros jogadores deixa claro que ele está ciente de sua nova função.
Ochoa já possui um impressionante currículo, com seis Copas Ouro conquistadas em 2009, 2011, 2015, 2019, 2023 e 2025. Além disso, ele participou de cinco Copas do Mundo e foi campeão olímpico, passando por momentos de glória e também de críticas com a camisa da Seleção Mexicana. Apesar de ainda não ter anunciado oficialmente sua aposentadoria da seleção, sua postura em Houston falou por si.
O cenário da equipe mexicana também está mudando. Novos goleiros como Malagón, Julio González, Sebastián Jurado e David Ochoa estão se destacando. Diante disso, a presença de Ochoa no time começa a ser mais simbólica do que funcional.
No futebol e na vida, nem todos os finais são anunciados com palavras. Alguns são expressos através de gestos, olhares perdidos e caminhadas solitárias. E a imagem de Ochoa no NRG Stadium pode ser um reflexo dessa fase que está se encerrando.
