A Justiça determinou a apreensão de móveis de alto padrão em uma mansão do ex-jogador e técnico Antônio Carlos Zago, devido a uma dívida significativa relacionada a seu ex-procurador, João Assef. Essa propriedade, localizada em Presidente Prudente, São Paulo, é avaliada em mais de R$ 20 milhões e ocupa seis terrenos.
A operação para cumprir a decisão judicial ocorreu com o envio de um caminhão ao local. Os itens apreendidos incluem sofás, mesas, estantes, cadeiras, um bar de mogno, equipamentos de som e até equipamentos de ginástica. A apreensão foi um desdobramento de um processo que trata de uma dívida inicialmente estimada em R$ 8 milhões, mas que aumentou para cerca de R$ 20 milhões devido a juros.
Zago e Assef mantinham uma relação de confiança, mas o ex-jogador alega que se viu em situações complicadas após ter assinado documentos de confissão de dívida sob orientação de Assef. Ele afirma que houve movimentações financeiras ilegais, como hipotecas e assinaturas sem seu consentimento prévio.
Por outro lado, Assef nega qualquer irregularidade, defendendo que suas cobranças são legítimas e que ele também pagou dívidas em nome de Zago. O ex-jogador, que passou por dificuldades financeiras, já enfrentou condenações judiciais.
Além dos móveis, em 2022, itens simbólicos da carreira de Zago, como camisas e troféus, também foram penhorados. A recente apreensão está relacionada ao pagamento de honorários advocatícios da ordem de R$ 600 mil e representa um novo capítulo nesse conflito financeiro.
Neste ano, Zago teve uma passagem rápida pelo Botafogo da Paraíba, sendo demitido depois. Durante esse período, parte de seu salário foi bloqueada pela Justiça de São Paulo para quitar a dívida.
