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Bolsonaristas Buscam Reforçar Atos E Temem Esvaziamento –

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, pretendem usar a empolgação da base com as sanções da administração Donald Trump ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para impulsionar manifestações programadas para este domingo em várias cidades do Brasil.

Com o lema “Reaja, Brasil”, as manifestações ocorrerão simultaneamente em diferentes locais, o que representa uma mudança em relação às mobilizações anteriores, que tinham uma estratégia diferente desde o retorno de Bolsonaro ao Brasil em 2023. A proposta é tornar os atos mais acessíveis e permitir que parlamentares tenham um papel ativo em suas regiões.

No entanto, organizadores expressam em particular preocupações de que os protestos possam não ter a adesão esperada. Eles percebem um certo cansaço na base de apoio, que vem participando menos das mobilizações nas ruas. Além disso, a ausência de Jair Bolsonaro, que está sob medidas cautelares e não pode sair de casa em Brasília durante os finais de semana, pode impactar a presença nos atos. Ele também não pode participar de eventos por meio de vídeos ou discursos.

Outras figuras importantes também estarão ausentes na manifestação na Avenida Paulista, que é considerada a principal. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem um procedimento médico agendado para o mesmo dia, enquanto a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deve participar de um compromisso no Pará, mas planeja comparecer a um ato em Belém.

Diante desse contexto, alguns parlamentares de fora de São Paulo estão se direcionando para a manifestação na Paulista. O deputado Nikolas Ferreira, de Minas Gerais, e Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, estarão presentes em um carro de som organizado pelo pastor Silas Malafaia. Nikolas utilizou suas redes sociais para incentivar a participação do público, ressaltando que a mobilização não depende apenas do número de pessoas presentes, mas da determinação de cada um.

Os bolsonaristas estão buscando criar um calendário de manifestações, considerado a única forma de apoiar o ex-presidente, que enfrentará julgamento no STF por atos relacionados à tentativa de golpe no próximo mês. Entre as principais demandas dos protestos estão a “anistia ampla, geral e irrestrita”, por meio de um projeto de lei que está na Câmara dos Deputados, e o impeachment de Alexandre de Moraes, que deve ser debatido no Senado. Contudo, ambas as pautas são vistas como improváveis de terem sucesso no Congresso.

Durante os atos, é esperado que os discursos se voltem contra os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, respectivamente. Além disso, participantes devem repetir pedidos para um “fora, Lula”, responsabilizando o atual presidente pelas tarifas aplicadas por Trump a produtos brasileiros.

O clima de animação entre os bolsonaristas se intensificou após o anúncio das sanções financeiras ao ministro do STF, conforme a chamada Lei Magnitsky. Essa medida era uma das principais reivindicações do grupo, especialmente de Eduardo Bolsonaro, que considerou que a ação foi uma “missão cumprida”. Após se licenciar do cargo de deputado federal em março, Eduardo não retorna ao Brasil até que haja o afastamento de Moraes, e ele continua convocando os apoiadores a participarem das manifestações como forma de aumentar a pressão sobre o governo.

Eduardo também mencionou que existem outras autoridades brasileiras que podem enfrentar sanções semelhantes no futuro. Ele enfatizou, em um vídeo, que a luta ainda não terminou e que novas batalhas estão por vir.

Redação EUVO News

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