Candidata denuncia violência em eleição do PT em MG –

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A deputada federal Dandara, que é uma figura central na crise que levou ao adiamento da eleição do Partido dos Trabalhadores (PT) em Minas Gerais, expressou sua frustração e indignação em relação ao que considera um processo prejudicial à sua candidatura. A escolha do novo comando do diretório estadual foi afetada pela suspensão de sua candidatura, determinada pela Executiva Nacional do partido.
Dandara afirmou que se sente injustiçada por essa decisão, ressaltando que as discussões sobre sua candidatura ultrapassaram os limites do partido e ganharam destaque na mídia, muitas vezes alimentadas por adversários políticos na região. Ela mencionou que está preocupada e triste com a situação, classificando-a como uma violência contra seu papel político.
O PT justificou o indeferimento da candidatura de Dandara alegando que ela não teria quitado uma dívida de mais de R$ 130 mil com o partido a tempo, o que teria impedido sua participação. Contudo, a deputada refutou essa acusaçao, afirmando que conseguiu reunir a documentação necessária e que sempre atuou de boa-fé em relação ao pagamento das contribuições. Para contestar a decisão, Dandara acionou a Justiça e, no dia 5 de outubro, recebeu uma decisão favorável que a permitiu participar do processo eleitoral.
O adiamento das eleições, que estava previsto para o dia 6 de outubro, foi anunciado pela Executiva Nacional do PT por supostas dificuldades logísticas em incluir o nome da deputada nas cédulas eleitorais. Dandara criticou essa medida, dizendo que a organização em Minas Gerais já havia tomado providências para garantir sua presença na votação, incluindo a impressão de cédulas com seu nome e a comunicação com diretores municipais por e-mail e WhatsApp.
A deputada expressou insatisfação com a forma como a situação está sendo tratada tanto interna quanto externamente, afirmando que essa crise não apenas a enfraquece enquanto líder, mas também prejudica o PT como um todo. Ela mencionou seu longo vínculo com o partido, enfatizando a necessidade de responsabilidade nas decisões internas.
A tesoureira do PT, Gleide Andrade, contestou as alegações de Dandara, afirmando que a suspensão de sua candidatura não tem relação com disputas políticas internas, mas é baseada em regras claras do partido. Segundo Gleide, o atraso no pagamento das contribuições partidárias foi o motivo real para o indeferimento. Ela destacou que várias outras candidaturas foram afetadas por problemas semelhantes e reafirmou que a atuação do partido está em conformidade com suas normas.
A situação se apresenta como um importante marco nas relações internas do PT em Minas Gerais, refletindo tensões nas disputas políticas e evidenciando a complexidade do processo eleitoral partidário.