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Na tarde de quinta-feira, 3 de outubro, a Centauro enfrentou uma falha de segurança em seu site, que expôs informações de clientes cadastrados na plataforma. De acordo com relatos de usuários nas redes sociais, era possível acessar contas de outros clientes utilizando apenas dados básicos de login, como CPF, CNPJ ou email, junto com uma senha aleatória. Essa brecha permitiu que qualquer pessoa visualizasse informações sensíveis dos usuários, incluindo dados de cartões de crédito, métodos de pagamento, histórico de compras e endereços.
O problema rapidamente gerou uma discussão intensa na plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter. Muitos usuários alertaram os proprietários de contas na Centauro a remover informações pessoais, como endereços e dados de cartão de crédito, para evitar possíveis fraudes.
Como consequência da falha, o site da Centauro ficou fora do ar por um período. No entanto, por volta das 18h30, a empresa informou que havia corrigido a vulnerabilidade, e o acesso não era mais possível da forma como antes.
O Grupo SBF, que controla a Centauro, afirmou que estava ciente da instabilidade em seu site e aplicativo durante o dia. A empresa declarou que já implementou as correções necessárias para restabelecer a operação normal.
Além disso, em uma nota, a empresa reiterou seu compromisso com a privacidade e segurança das informações de seus clientes, enfatizando que busca proporcionar um ambiente seguro para todos os seus usuários, colaboradores e parceiros.
Alberto Leite, CEO do Grupo FS Security, empresa especializada em cibersegurança, levantou questões sobre a legislação vigente que envolve a proteção de dados em casos de falhas como esta. Ele apontou que, segundo as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Centauro não é obrigada a divulgar a extensão do problema ou os prejuízos resultantes. O único requisito seria registrar um boletim de ocorrência na polícia, o que, segundo ele, compromete a transparência em situações dessa natureza.
