Chefes de Estado: vale a pena assistir ao novo Prime Video? –

A plataforma de streaming Prime Video lançou recentemente o filme “G20”, que traz Viola Davis no papel de uma presidente dos EUA. A trama gira em torno de uma cúpula do G20 que é invadida por terroristas sob a liderança de Antony Starr. Apesar de apresentar bons confrontos entre os personagens, o filme, dirigido por Patricia Riggen, foi criticado por suas subtramas excessivas e uma visão um tanto utópica sobre a política internacional.
Menos de três meses após esse lançamento, o Prime Video apresentou “Chefes de Estado”, outro longa-metragem de ação que traz um tom diferente. Essa estratégia de lançar dois filmes com temáticas semelhantes em um curto espaço de tempo gerou discussões sobre as motivações da plataforma. Embora filmes com histórias similares não sejam uma novidade em Hollywood, a duplicação feita pela mesma produtora em um prazo tão curto levanta questões sobre marketing e comparação entre os filmes.
“Chefes de Estado”, dirigido por Ilya Naishuller, conta a história do presidente dos EUA, interpretado por John Cena, e do primeiro-ministro britânico, Idris Elba. Inicialmente rivais, eles precisam se unir após um ataque terrorista que derruba o avião presidencial, Força Aérea Um, antes de uma importante reunião da OTAN. O filme se destaca por sua ação em ambientes variados, seguindo os protagonistas em uma corrida através do Leste Europeu até chegar à reunião na Itália.
O filme se inspira na tradição dos thrillers de ação, proporcionando uma experiência envolvente com um forte senso de humor. Cena e Elba formam uma dupla dinâmica que contrasta características de seus personagens. Cena se destaca como a figura idealista e patética do líder americano, enquanto Elba traz um tom mais seco e cômico ao seu papel. Essa relação cômica entre os personagens remete a clássicos das comédias de ação dos anos 1980.
O roteiro, elaborado por Josh Appelbaum e André Nemec, junto com o estreante Harrison Query, é repleto de sequências de ação bem executadas e piadas visuais que garantem a diversão. O diretor, acostumado a orçamentos menores, utiliza criativamente os recursos disponíveis, priorizando a dinâmica e a estética do filme em vez de efeitos especiais excessivos.
O resultado é um filme leve e divertido, com um humor acessível e uma visão otimista sobre colaboração em tempos difíceis. “Chefes de Estado” se propõe a entreter, sem se aprofundar em questões polêmicas. Essa abordagem, somada a uma narrativa que evita excessos, faz com que o filme seja considerado mais eficaz do que “G20”. É uma produção que foca na diversão e na ação, cumprindo bem sua proposta para o público.