As temperaturas no Paraná aumentaram gradualmente na última semana. Na quarta-feira, 23 de outubro, as temperaturas variavam entre 18°C e 29°C em todo o Estado, conforme informações do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). O aumento da umidade e do calor desencadeou a formação de áreas de instabilidade. Isso resultou em previsão de chuvas para quinta-feira, 24 de outubro, especialmente em regiões que não registravam precipitação há mais de 20 dias.
Diferente de episódios anteriores que envolviam frentes frias e massas de ar frio durante o inverno, agora as previsões indicam chuva fraca a moderada na metade sul do estado, abrangendo desde o extremo oeste até o leste, incluindo a parte sul da região noroeste. No oeste e sudoeste do Paraná, há risco de raios, mas sem expectativa de grandes acumulados de chuva.
Nesta quinta-feira, não são aguardados temporais, e a temperatura da tarde deverá ser mais amena em comparação com os últimos dias. Na sexta-feira, 25 de outubro, podem haver chuvas ocasionais pela madrugada, mas o tempo deve se estabilizar durante o dia, trazendo temperaturas mais altas. O sábado, 26 de outubro, permanecerá seco, mas a previsão para o domingo, 27 de outubro, é de instabilidade em todas as regiões do Estado.
O meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, explica que o ar quente e úmido é oriundo da região Amazônica, passando pelo Centro-Oeste em direção ao Sul do país. No entanto, a atuação desse ar não será uniforme, por isso não se espera chuvas persistentes.
O aumento da umidade e a previsão de chuvas trazem alívio a várias cidades que enfrentaram cerca de 20 a 24 dias sem precipitação. Essas localidades tiveram um mês de junho com chuvas acima da média, seguidas por um julho muito seco até agora. Ao longo do mês, a umidade relativa do ar registrou índices abaixo de 50% em várias cidades.
Em Guaíra, por exemplo, choveu 6,2 mm em 26 de junho, mas, desde então, não houve mais chuvas. Em junho, o total foi de 114,8 mm, superando a média de 78,7 mm para o período. No mês de julho, a média histórica é de 57,6 mm, e ainda não houve registro de chuva.
Em Jaguariaíva, houve 6,8 mm de chuva no dia 30 de junho, mas após isso a cidade não viu mais água do céu. O mês de junho de 2025 registrou 167,8 mm, enquanto a média histórica é de 93,5 mm. Em julho, a média histórica é de 76,4 mm, e até agora não foram registrados acumulados significativos.
Cascavel teve chuvas nos dias 26 e 27 de junho, somando um total de 33,4 mm e apenas 2,6 mm, respectivamente. Em junho de 2025, a cidade acumulou 242,6 mm, enquanto a média histórica desse mês é de 124,8 mm. No entanto, julho apresenta uma média de 76,9 mm, e a cidade ainda não registrou chuvas neste mês.
Guarapuava também registrou 4,6 mm em 30 de junho e algumas garoas nos dias 1 e 2 de julho. Neste ano, o total de chuva em junho foi de 263,2 mm, acima da média de 159 mm. Em julho, a média histórica é de 104,1 mm, e até agora a cidade teve apenas 1,4 mm.
Em Ponta Grossa, a última chuva foi de 6,6 mm em 1 de julho, e o total de junho foi 123,2 mm, próximo da média histórica de 103,2 mm. A média de julho é de 89 mm, mas o acumulado até o momento é de apenas 7,6 mm.
No Norte do Paraná, as previsões indicam que as chuvas não devem voltar até sexta-feira. Londrina, por exemplo, registrou menos de 7 mm nos dias 21, 22 e 23 de junho. Após esses dias, não choveu mais. Em junho de 2025, o total foi de 125,2 mm, enquanto a média histórica é de 86 mm. Em julho, a média é de 68,1 mm e, até agora, não choveu.
Apucarana teve chuva de 12,4 mm em 22 de junho, com garoa nos dias seguintes, mas não houve mais chuvas desde 7 de julho. O mês de junho teve 95,4 mm, enquanto a média histórica é de 81,7 mm. Em julho, a média é de 74 mm, mas até agora o acumulado é de apenas 1,2 mm.
Maringá registrou 9,2 mm em 22 de junho e garoa nos dias 23, 26 e 27, mas a cidade não teve mais chuvas após isso. O total de junho foi de 154 mm, bem acima da média histórica de 83,3 mm. A média de julho é 66,5 mm e, até agora, ainda não houveram chuvas.
Kneib destaca que em julho é comum que ocorram dias sem chuvas, e que o volume médio mensal pode ser alcançado em poucos episódios. Neste ano, uma bloqueio atmosférico no Sul da América do Sul impediu que as frentes frias, que normalmente trazem chuvas nessa época, se formassem na região, favorecendo a presença de massas de ar seco.
