A entrada de cooperativas e associações de proteção patrimonial mutualistas no setor de seguros no Brasil pode aumentar o acesso a esses produtos, especialmente para pessoas que ainda não os possuem. Essa nova abordagem promete democratizar a oferta de serviços, permitindo que mais brasileiros desfrutem das vantagens dos seguros.
Essas novas organizações poderão atuar em praticamente todos os ramos do setor de seguros. No entanto, elas não poderão oferecer produtos de acumulação, como capitalização, VGBL e PGBL. Essa limitação é importante para entender o que estará disponível para os consumidores.
Segundo Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o crescimento desse mercado não acontecerá rapidamente. Ela explica que será necessário um longo processo de construção e inserção, considerando que o setor é dominado por grandes empresas tradicionais e frequentemente ligado a grandes bancos. Essa competição com grandes players será um desafio para as cooperativas.
Ney Ferraz Dias, presidente da Federação Nacional dos Seguros Gerais (FenSeg), afirma que ainda é cedo para fazer previsões precisas sobre o impacto das cooperativas no mercado de seguros. Ele acredita, no entanto, que algumas delas podem entrar nesse cenário, especialmente as cooperativas de crédito, que já estão competindo com os bancos. Vale destacar que algumas cooperativas já estão atuando como distribuidoras de seguros em parceria com companhias tradicionais, mostrando que estão buscando maneiras de se inserir no mercado e expandir suas operações.
