Marvel enfrenta dificuldades em novo lançamento –

Os três primeiros episódios de “Ironheart” já estão disponíveis na Disney+, com os outros três episódios programados para estreia na terça-feira, 1º de julho. A série é a 14ª produção em live-action do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) e apresenta Riri Williams, também conhecida como Ironheart, uma adolescente prodígio interpretada por Dominique Thorne.
A história de Riri começa em uma escola em Massachusetts, onde ela é uma estudante de engenharia do MIT com aspirações grandiosas. Ela deseja ser tão inovadora quanto grandes nomes da tecnologia, como Bill Gates e Steve Jobs. No entanto, seu comportamento impulsivo a leva a ser expulsa após causar danos significativos em experimentos e ajudar colegas a trapacear. Em busca de consertar sua situação, Riri rouba um protótipo de traje em sua escola e retorna a Chicago, que se torna o cenário principal de sua jornada.
A série faz paralelos com a trajetória de Tony Stark, o homem por trás do Iron Man. Embora a abordagem de Riri seja refrescante por trazer uma mulher negra como protagonista, sua realidade financeira é muito diferente da de Stark, que tem acesso a vastos recursos. Para poder financiar o desenvolvimento de seu traje, Riri acaba se unindo a Parker Robbins, conhecido como The Hood, vivido por Anthony Ramos. Robbins é um personagem carismático, mas seus métodos e a natureza de sua gangue levantam questões éticas sobre suas ações, que se assemelham a uma versão distorcida do Robin Hood.
A dinâmica entre magia e ciência é um dos temas centrais da série. Os poderes de Parker incluem uma capa mágica que permite que ele se torne invisível, enquanto Riri descobre que não pode enfrentar as forças obscuras de Robbins apenas com tecnologia. Essa busca pelo conhecimento místico a leva a interagir com novas bruxas que a ensinam sobre as consequências que a magia pode acarretar.
Nos três primeiros episódios, Riri começa a enfrentar as consequências de suas escolhas, que se tornam cada vez mais violentas. As cenas de ação, quando Riri usa seu traje, não têm a mesma grandiosidade e impacto emocional das batalhas icônicas de produções anteriores do MCU. Apesar das dificuldades enfrentadas pelos membros da gangue de Parker, a série não se aprofunda o suficiente em suas histórias pessoais, o que dificulta a conexão do público com suas motivações.
Riri também carrega sua própria carga emocional, marcada pela perda de entes queridos, incluindo seu padrasto, Gary, e sua melhor amiga, Natalie. Essa dor é uma forte motivação em sua jornada, embora suas ações frequentemente a façam parecer distante de seus objetivos de proteção.
Uma das adições mais interessante à trama é N.A.T.A.L.I.E., a assistente técnica digital que é uma versão da sua amiga falecida. Essa inteligência artificial reflete aspectos da personalidade de Natalie, gerando conflitos internos para Riri, que precisa aprender a lidar com a presença de uma versão digital da pessoa que perdeu.
No entanto, ao final da série, Riri parece retornar a comportamentos egoístas e imprudentes, culminando em uma escolha final decepcionante que parece invalidar seu crescimento ao longo da história. Essa conclusão levanta questões sobre se, independentemente da jornada, qualquer pessoa faria um pacto arriscado para atingir suas ambições. A trama de “Ironheart” oferece uma nova perspectiva sobre heroísmo, mas deixa algumas perguntas sem resposta ao final de sua trajetória.