A NHL, liga profissional de hockey no gelo, introduziu um teto salarial em 2005 com o objetivo de criar mais equilíbrio entre as equipes. Essa regra limita o quanto cada time pode gastar com salários de jogadores, impedindo que as franquias mais ricas compitam de forma desleal ao contratar os melhores talentos.
O teto salarial é o valor máximo que uma equipe pode gastar em salários, e para a temporada de 2025-2026, ele deve ser de 92,5 milhões de dólares, conforme anunciou o comissário Gary Bettman. Além disso, existe um limite mínimo, chamado de piso salarial, que deve ser de aproximadamente 65 milhões de dólares. Isso significa que cada time deve gastar pelo menos esse valor em salários, mas não pode ultrapassar o teto estabelecido.
Os valores do teto salarial são determinados com base na receita da liga do ano anterior e no acordo coletivo de trabalho firmado entre os donos das equipes e os jogadores. É importante destacar que o impacto no teto salarial de cada jogador é calculado pela média anual do valor de seu contrato, e não necessariamente pelo montante que recebem em cada ano. Por exemplo, se um jogador assina um contrato de cinco anos que totaliza 50 milhões de dólares, seu impacto no teto será de 10 milhões de dólares por ano, embora ele possa receber 12 milhões no primeiro ano e 8 milhões no segundo.
Apesar de o teto salarial impor limites, existem algumas exceções que permitem que as equipes contornem essa regra em certas situações. A primeira delas é a reserva de longo prazo para jogadores lesionados. Se um atleta perde pelo menos 10 jogos em um intervalo de 24 dias devido a uma lesão, ele pode ser colocado nessa reserva. Isso permite que o time supere o teto salarial pelo valor referente ao impacto no teto do jogador lesionado.
Essa estratégia é comumente utilizada pelas equipes em torno da data limite para trocas, quando já estão próximos do limite salarial. Caso um jogador se recupere antes dos playoffs da Stanley Cup, ele pode ser reintegrado ao elenco, já que o teto salarial não se aplica durante o torneio.
Outra exceção permite que equipes façam chamadas de emergência para jogadores da liga menor se sua lista de jogadores estiver abaixo do mínimo exigido em certas posições, como se houver menos de dois goleiros ou 18 jogadores disponíveis por conta de lesões ou doenças.
Além disso, para acomodar bônus de desempenho nos contratos, as equipes podem ter um adicional de 7,5% sobre o teto salarial. Isso é importante para permitir a contratação de jogadores com contratos que incluem incentivos, como é o caso de jogadores novatos ou aqueles que têm mais de 35 anos.
Antes da introdução do teto salarial em 2005, as equipes da NHL não tinham nenhum tipo de controle sobre salários, o que levava a grandes discrepâncias. Por exemplo, em 2004, o Calgary Flames tinha um orçamento de cerca de 30 milhões de dólares, enquanto o Detroit Red Wings gastava quase 80 milhões. Essa desigualdade gerou preocupações de que as equipes de menor mercado não conseguiriam competir ou sobreviver, o que culminou em um bloqueio que cancelou a temporada 2004-2005. Após negociações prolongadas, foi estabelecido um novo acordo que criou, pela primeira vez, um teto e um piso salarial.
Desde então, o teto salarial aumentou rapidamente, acompanhando o crescimento da receita do hockey, embora uma nova paralisação em 2012 tenha redesenhado algumas regras e colocado o teto de volta em 60 milhões de dólares. Com o tempo, o teto continuou a aumentar, mas ficou congelado em 81,5 milhões durante a pandemia de COVID-19, até 2024, devido às perdas financeiras.
Atualmente, os jogadores mais bem pagos da NHL na temporada 2024-2025 incluem nomes renomados com salários anuais que variam de 11 a 13,25 milhões de dólares.
