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EUA impõem sanções à Autoridade Nacional Palestina por conflito com Israel –

Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira, sanções contra autoridades da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). O governo americano alega que essas organizações estão tentando “internacionalizar o conflito com Israel” e que continuam a promover o terrorismo, por meio de incitação e apoio à violência. Como parte das sanções, os EUA estão negando vistos a membros dessas entidades.

O anúncio ocorre em um momento crítico, com vários países, como França e Canadá, expressando intenções de reconhecer oficialmente um Estado palestino durante a próxima Assembleia Geral das Nações Unidas, programada para setembro em Nova York. Essa decisão dos países é ressaltada em um contexto em que, pela primeira vez, Estados árabes e muçulmanos emitiram um apelo conjunto pedindo ao Hamas que se desarmasse e deixasse o poder na Faixa de Gaza. A proposta visa promover uma solução pacífica para a questão da Palestina.

Na conferência da ONU realizada na terça-feira, que teve a participação dos 22 membros da Liga Árabe e de toda a União Europeia, entre outros países, foi defendido que a governança e a segurança no território palestino devem estar sob responsabilidade exclusiva da ANP, com apoio internacional. Os signatários afirmam que, após o fim das hostilidades em Gaza, o Hamas deve entregar suas armas à ANP, alinhando-se ao objetivo de um Estado palestino soberano.

O documento também condena o ataque do Hamas a Israel ocorrido em 7 de outubro de 2023 e propõe a criação de uma missão internacional temporária de estabilização. Essa missão, segundo a proposta, deve ser enviada com o convite da ANP e sob supervisão da ONU. Os signatários expressaram satisfação com a disposição de alguns países em enviar tropas para essa missão.

Até o momento, os EUA não revelaram a identidade das autoridades que estão sendo sancionadas. No entanto, essa recusa em conceder vistos pode dificultar a participação de líderes palestinos na Assembleia da ONU.

Enquanto isso, a situação em Gaza continua crítica. Organizações humanitárias e especialistas alertam para o aumento da fome na região, e diversos países estão cada vez mais críticos em relação às ações de Israel. Essa indignação crescente foi intensificada por relatos de grandes organizações israelenses que, pela primeira vez, se referem a situações de genocídio em Gaza. Recentemente, figuras públicas em Israel pediram sanções severas contra o país devido à crise humanitária na região.

O número de mortos em Gaza já ultrapassou 60 mil. Relatos de crianças desnutridas e ataques a centros de distribuição de ajuda humanitária têm gerado protestos e uma forte resposta emocional tanto nacional quanto internacional. Nos últimos dias, mais de 100 pessoas foram mortas, incluindo vítimas de desnutrição e aquelas que morreram tentando acessar ajuda humanitária. Segundo fontes hospitalares, vários palestinos foram mortos em um centro de distribuição de ajuda, embora o Exército de Israel conteste essas informações.

A ajuda humanitária em Gaza continua, embora em quantidades insuficientes. Recentemente, cerca de 100 caminhões passaram pela fronteira, enquanto Israel declara que o número foi superior a 220. A ONU ressalta que são necessários ao menos 500 caminhões diários para atender à população de cerca de 2 milhões de habitantes do enclave.

Redação EUVO News

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