Sergio Leite, ex-presidente da Usiminas, na sala do Centro de Controle Operacional da empresa em Ipatinga (MG)
Foto: Sergio Roberto Oliveira/Estadão
O engenheiro Sérgio Leite de Andrade, que dedicou 49 anos de sua vida à Usiminas, faleceu na última segunda-feira, 14, em Belo Horizonte. A causa da morte não foi especificada. Leite ocupou a presidência da Usiminas de 2016 a 2022 e, até sua morte, exercia a função de Vice-Presidente de Assuntos Estratégicos da empresa, além de ser membro do conselho de administração.
Leite, nascido em Belo Horizonte, também era presidente do conselho diretor do Instituto Aço Brasil desde setembro do ano passado. O Instituto representa as siderúrgicas do Brasil e Leite estava em seu segundo mandato, que se estenderia até 2026. Durante sua presidência na Usiminas, o executivo enfrentou um dos períodos mais difíceis da história da siderúrgica, marcada por uma grave crise econômica que levou ao fechamento da usina de Cubatão, em São Paulo, e à continuidade apenas das atividades de laminação.
Atualmente, a Usiminas opera sua usina em Ipatinga, no Vale do Aço mineiro, e realiza operações de mineração de ferro, além de atividades de distribuição e beneficiamento de aço em diversos estados do Brasil. Sérgio Leite começou sua carreira na Usiminas em 1976, logo após se formar em engenharia metalúrgica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao longo de quase cinco décadas, ele ocupou 15 cargos executivos diferentes e integrou a diretoria estatutária da empresa a partir de 2008.
Além de suas funções na Usiminas, Leite foi presidente do conselho de administração da Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais até maio deste ano e integrava o conselho estratégico da Federação das Indústrias de Minas Gerais desde 2017. Em uma recente publicação no LinkedIn, expressou seu orgulho em ver seu filho, Sérgio Leite de Andrade Filho, iniciar seu próprio negócio, a SLA Consulting, que se foca em consultoria e treinamentos em gestão.
Sérgio Leite possuía uma sólida formação acadêmica, sendo mestre em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Minas Gerais. Ele tinha especializações em qualidade, tanto como engenheiro da qualidade quanto em auditorias, por instituições renomadas como a American Society for Quality e a Associação Brasileira de Controle da Qualidade.
Desde 2023, a Usiminas está sob o controle do grupo ítalo-argentino Ternium, que, junto com a Nippon Steel e o fundo de previdência da siderúrgica, compõe o bloco de controle acionário da empresa.
