A mulher conhecida apenas como B, considerada a “filha secreta” do vocalista Freddie Mercury, fez uma declaração tocante antes da publicação de um livro que aborda o relacionamento deles.
Em sua declaração, B compartilha seu sentimento de dificuldade em lidar com a fama de seu pai. Segundo ela, não queria dividir Freddie com o mundo. Após a morte dele, lidou com muitos ataques e distorções sobre sua vida, sentindo que seu pai agora pertencia a todos. B recorda que, aos 15 anos, teve que aprender a viver sem ele em momentos importantes, como uma adolescente se tornando adulta sem a presença do pai.
Ao longo de 30 anos, B construiu sua vida e sua família sem Freddie, aceitando sua ausência em momentos de alegria. Durante esse tempo, enquanto muitos reinterpretavam a vida e a música de Mercury, B apenas desejava que ele fosse dela e de sua família, o que a deixou sem palavras anteriormente.
B se pronuncia após ouvir que Mary Austin, amante e amiga próxima de Freddie, negou conhecer a existência dela. Pessoas próximas a Austin alegam que ela questionou a história de B em uma entrevista a um jornal. O livro “Love, Freddie”, que conta a história dela, será lançado em setembro.
B expressa sua decepção com a resposta de Mary Austin, afirmando que, durante 34 anos, a verdade sobre a vida de Freddie foi distorcida e ele não se manifestou sobre isso, exceto em relação ao filme “Bohemian Rhapsody”, que ela referiu como “licença artística”.
O livro revela que B foi concebida acidentalmente em um relacionamento que Freddie teve em 1976, um ano após o sucesso de “Bohemian Rhapsody”. Essa noticia foi um choque para os milhões de fãs do cantor, que sempre o aceitaram como um homem gay. O último namorado de Freddie, Jim Hutton, também é um dos que escreveram sobre suas experiências com ele.
Freddie Mercury, famoso por seu talento e estilo extravagante, teve relacionamentos com várias mulheres, incluindo Mary Austin. Eles se conheceram quando ela tinha 19 anos e ele 23, antes de alcançar a fama. O casal viveu junto e esteve noivo por um tempo antes de Mercury se assumir como gay. Embora nunca tenham tido filhos, Mary teve dois filhos com outro parceiro e manteve uma relação próxima com ele até o fim da vida do cantor.
A relação com a mãe de sua filha secreta era um segredo que Freddie guardou com muito cuidado. No primeiro capítulo do livro, há uma carta escrita à mão por B, onde ela afirma que Freddie era seu pai e que tiveram uma relação carinhosa. Ela menciona que, apesar das circunstâncias de seu nascimento serem incomuns, isso não diminuiu o amor dele por ela.
A autora do livro, Lesley Ann Jones, também expressou surpresa com a resposta de Mary Austin. Ela afirmou que muitas vezes tentou entrevistá-la, mas nunca obteve resposta. Jones destaca que a verdadeira voz do livro é a de B, que tem acesso a diários escritos por Freddie.
B detalhou o motivo pelo qual decidiu colaborar com a autora. Ela esclareceu que foi uma decisão pessoal dela entrar em contato com Lesley Ann Jones e que o livro aprova. Algumas pessoas a acusam de ter inventado a história e de explorar B. Ela se defende, afirmando que, após ler o rascunho do livro, a autora respeitou seus pedidos para remover certas partes que não queria que fossem publicadas.
Ela enfatizou que a experiência dos últimos 34 anos foi, para os fãs, relacionada às músicas e shows que ele deixou de fazer. No entanto, para ela e seus entes queridos, foram anos de coisas que não puderam fazer juntos, como conversas não realizadas, perguntas não respondidas e momentos perdidos.
