O impacto do superaquecimento dos pneus traseiros no GP da Áustria –

Nas últimas semanas, a Fórmula 1 tem discutido bastante o composto de pneu C6 e seu desempenho, que não atendeu às expectativas da Pirelli na busca por uma gama de opções mais suaves. No entanto, esse foco será irrelevante para o Grande Prêmio da Áustria, que ocorrerá neste domingo.
Sob o sol intenso do Estiriano, a performance das equipes dependerá principalmente de como conseguirão extrair o melhor dos pneus médios e duros. O pneu macio C5 deverá ser utilizado apenas se houver um carro de segurança nas últimas voltas da corrida.
Mario Isola, chefe de motorsport da Pirelli, indicou que uma estratégia de duas paradas parece ser a ideal. Os pilotos precisarão cuidar especialmente da parte traseira dos carros. Entretanto, ele também não descartou que algumas equipes, especialmente as que estão mais atrás no grid, possam optar por uma parada única, considerando a quantidade de conjuntos de pneus disponíveis para cada equipe.
Isola destacou que o grande desafio nesta corrida será o superaquecimento dos pneus traseiros. Algumas equipes já relataram dificuldades nesse aspecto, o que pode impactar o equilíbrio dos carros e a tração necessária para uma longa stint. Assim, para manter um bom ritmo durante a corrida, os pilotos precisam preservar os pneus traseiros.
A estratégia mais rápida, de acordo com as simulações, ainda será a de duas paradas, que pode incluir uma sequência de pneus médios e duros. A equipe Haas é a única que dispõe de dois conjuntos de pneus duros e um médio.
Outras equipes, como Aston Martin, Racing Bull e Alpine, decidiram utilizar um conjunto médio e possuem apenas um conjunto de pneus duros. Portanto, a possibilidade de tentar uma estratégia com apenas uma parada não pode ser descartada. Essa estratégia poderia envolver começar com o pneu médio e depois mudar para o duro, ou vice-versa.
No entanto, optar por uma única parada pode ser arriscado, especialmente considerando que as temperaturas esperadas durante a corrida serão mais altas do que nas sessões de treinos, que ocorreram em condições mais amenas.
Isola explicou que as longas simulações feitas nas corridas de sexta-feira não têm a mesma duração das voltas reais da corrida, que podem exigir estratégias mais conservadoras. Ele alertou que a degradação dos pneus pode aumentar rapidamente em torno de 10 a 15 voltas.
Apesar de sugerir que a melhor abordagem seria evitar o uso do pneu macio, Isola mencionou que, dependendo da gestão desse pneu, ele pode oferecer uma vantagem por um curto período. O pneu macio é mais rápido, mas sua durabilidade representa um risco, especialmente se usado em um stint prolongado.
De acordo com Isola, a estratégia mais viável para a corrida deve envolver uma sequência de uso dos pneus médios e duros, já que as equipes líderes têm acesso a esses pneus em quantidade maior. O desempenho dos pneus médios e duros tende a ser mais consistente, o que poderá influenciar as decisões estratégicas durante a corrida.
As equipes se preparam para um domingo desafiador, onde a gestão dos pneus e a escolha da estratégia poderão definir os resultados da corrida.