A região Sudeste do Brasil, especialmente seu litoral, está passando por um período de instabilidade climática devido à passagem de uma frente fria. Essa situação está causando o aumento dos ventos e a formação de áreas de instabilidade, especialmente em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. As previsões indicam que as chuvas vão continuar frequentes nas áreas costeiras até o próximo domingo, com a possibilidade de precipitações de intensidade moderada a forte. Apesar da baixa probabilidade de raios, as autoridades expressam preocupação sobre riscos de deslizamentos em encostas e problemas como alagamentos e transbordamentos de córregos nas cidades litorâneas.
Os dados apontam que até sexta-feira, o estado do Rio de Janeiro pode receber um volume significativo de chuvas, com acumulados que podem chegar a 150 mm, uma quantidade bem acima da média esperada para julho nesta região. No litoral de São Paulo e do Espírito Santo, as expectativas variam entre 50 mm e 100 mm. Recentemente, o litoral de São Paulo já acumulou cerca de 50 mm em menos de 24 horas, com a chuva persistindo na Baixada Santista e no Litoral Norte.
No Rio de Janeiro, a intensidade das chuvas deve aumentar, afetando especialmente áreas como Angra dos Reis e Paraty. Dados do Alerta Rio indicam que entre 1 e 2 de julho, alguns pontos da cidade, como a Rocinha e o Alto da Boa Vista, registraram cumulados de 80 mm e 76,4 mm, respectivamente. Para se ter uma ideia, a média de chuvas para o mês de julho na cidade é de apenas 57 mm, considerando o período de 1997 a 2024. A região serrana do Rio e cidades serranas do Espírito Santo também devem ter chuvas frequentes até o fim de semana.
Além das chuvas intensas, as temperaturas devem se manter baixas em todo o leste do Sudeste, devido à combinação do céu nublado, chuvas contínuas e ar frio proveniente da região polar. Essa sensação de frio será mais intensa em áreas como Grande São Paulo, Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira. As tardes nos próximos dias devem ser especialmente frias.
A população do litoral deve estar atenta às condições do mar, que podem se tornar agitados. A presença de um ciclone extratropical na costa da região Sul e a continuidade dos ventos marítimos podem aumentar a altura das ondas, criando um risco de ressaca.
