Recentemente, a Record apresentou uma reportagem no programa Domingo Espetacular que gerou grandes controvérsias. O tema abordado envolvia videogames e crimes, especificamente um caso de um filho que, supostamente, cometeu um homicídio contra os pais. Durante a apresentação, o canal utilizou um vídeo de um youtuber conhecido como Goularte como exemplo do jogo que teria inspirado esse ato.
Um dos principais problemas da reportagem foi a forma como a identidade do youtuber foi tratada. Embora a Record tenha borrado sua foto de perfil e escondido o nome do canal, o nome do vídeo foi exibido claramente. Isso possibilitou que qualquer pessoa que visse a matéria pudesse facilmente encontrar o canal de Goularte ao pesquisar pelo nome do vídeo, que se chama “O jogo dos irmãos canibais”.
Desde a veiculação do programa no último domingo (06), o canal de Goularte recebeu uma avalanche de comentários negativos. Os internautas fizeram acusações de que seu conteúdo é de baixa qualidade e, de forma mais grave, afirmaram que ele teria influenciado os adolescentes envolvidos no crime.
Em resposta à reportagem, Goularte publicou um vídeo detalhando as falhas e problemas apresentados pela Record. Entre os erros apontados, ele criticou a emissora por classificar o jogo como “online”, sendo que, na realidade, trata-se de um jogo para um único jogador, sem componentes online. Além disso, destacou que a matéria erroneamente o conectou diretamente ao caso de assassinato.
Outra questão levantada por Goularte foi o uso do seu conteúdo sem autorização e fora de contexto. Ele afirmou que a reportagem não explicou corretamente o que o vídeo realmente apresentava. Em vez de descrever o vídeo como uma simples demonstração do jogo, a emissora o chamou de “tutorial de como matar os pais”.
Atualmente, o youtuber está consultando seus advogados para avaliar quais medidas legais ele pode tomar. Ele não descarta a possibilidade de processar a Record por difamação e danos morais, buscando proteger sua imagem e seu trabalho.
Goularte e sua situação representam um exemplo das implicações que a cobertura sensacionalista pode ter na vida pessoal e profissional de criadores de conteúdo. Isso levanta questões sobre a responsabilidade dos meios de comunicação ao tratar de temas delicados.
