Jurassic World Rebirth: melhor se tivesse permanecido extinto –

Jurassic World Rebirth estreia nos cinemas na quarta-feira, 2 de julho. O filme traz de volta a temática presente na franquia Jurassic Park, onde empresas ambiciosas buscam lucrar com o DNA dos dinossauros. Empresas como InGen e Biosyn estão novamente no jogo, tentando explorar a invenção original de John Hammond. No entanto, o que deveria ser um recomeço para a franquia acabou se transformando em uma repetição de histórias já conhecidas.
O filme começa com a atriz Scarlett Johansson, que interpreta Zora Bennet, uma especialista em operações secretas. Ao seu lado, está Mahershala Ali, no papel de Duncan Kincaid. Ambos se destacam no elenco e trazem carisma às suas personagens. A história se desenrola em um ambiente que promete ser aterrorizante, especialmente com a direção de Gareth Edwards, conhecido por seu trabalho em grandes produções, como Godzilla.
Nos primeiros momentos do filme, é possível sentir uma atmosfera de suspense, quase como um filme de terror B. A icônica trilha sonora da franquia é substituída por uma melodia mais sombria, que se alinha com a proposta de renovar a experiência cinematográfica. A ousadia de intitular esta sequência de “Rebirth” sugere uma nova abordagem, mas logo se percebe que a trama segue padrões já explorados anteriormente.
A narrativa apresenta uma ilha desconhecida, onde diversas forças — heróis e vilões — se enfrentam na luta pela sobrevivência, repetindo a fórmula utilizada em filmes anteriores. Jurassic World Rebirth acaba seguindo uma linha semelhante a episódios anteriores da franquia, como “O Mundo Perdido”, o que gera uma sensação de déjà vu.
Enquanto isso, os elementos humanos da história, como a relação familiar que envolve o personagem interpretado por Manuel Garcia-Rulfo e suas filhas, trazem um toque de familiaridade. No entanto, a presença dessa família parece não contribuir de forma significativa para a trama, levando a uma sensação de que suas histórias poderiam ser descartadas sem causar impacto.
Os dinossauros, que sempre foram o grande atrativo da franquia, aparecem em cenas impactantes, mas a sua escala e potencial ameaçador parecem fluctuantes, o que pode frustrar um pouco os expectadores. Embora haja momentos visuais impressionantes, a conexão emocional com os personagens principais e suas experiências fica diluída em meio à complexidade da história.
Um ponto importante é que a falta de desenvolvimento das relações e a repetição de fórmulas do passado prejudica a capacidade do filme de se destacar. Jurassic World Rebirth, em essência, se revela um filme agradável, mas com elementos que não inovam o suficiente para deixar uma marca significativa no público.
Ao final, a nova produção parece sentir-se presa à própria fórmula que a originou, deixando uma indagação sobre se este novo capítulo realmente precisava ser contado. O que deveria ser uma reinvenção ou revitalização acaba por se tornar apenas mais uma sequência na longa trajetória da franquia, levantando questões sobre a necessidade de continuar a explorar a mesma narrativa.