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A Polícia Federal (PF) realiza nesta sexta-feira (27 de outubro) uma operação para cumprir três mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão relacionados ao caso de vazamento de informações sigilosas de inquéritos no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Um dos alvos da operação é o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos. Além dele, foram presos o policial civil Marcos Albernaz e o advogado Antonio Ianowich Filho. As ordens foram emitidas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, e as ações acontecem em Palmas, no estado do Tocantins.
As investigações estão ligadas à Operação Sisamnes, que já apura a suposta venda de sentenças no STJ. Conforme informações da PF, os indícios sugerem que informações confidenciais estavam sendo acessadas antes de serem oficialmente tornadas públicas. Esses dados teriam sido repassados a investigados com envolvimento de agentes públicos, advogados e outros operadores.
Os investigados são acusados de utilizar essas informações vazadas para beneficiar aliados, impedir ações policiais e criar redes de influência. Conversas interceptadas pela PF revelam que o prefeito Eduardo Siqueira Campos recebeu informações privilegiadas de um ministro do STJ antes de uma operação ser deflagrada.
Em um diálogo com o advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa, Siqueira Campos menciona que o ministro João Otávio de Noronha o alertou sobre a possível retirada de desembargadores do cargo. Ele relata um encontro que teve com Noronha em Brasília, onde o ministro teria lhe antecipado informações relevantes sobre ações da PF realizadas em 2010.
A operação da Polícia Federal destaca a seriedade das denúncias e a necessidade de transparência na Justiça, além de evidenciar o envolvimento de figuras públicas e questões de corrupção no âmbito jurídico.
