Prefeita de Haifa impede apresentação de cantora palestina –

A prefeita de Haifa, no norte de Israel, decidiu proibir a cantora palestina Lina Makoul de se apresentar em eventos municipais. A decisão se deu após a artista publicar em suas redes sociais que se apresentaria na cidade, referindo-se a ela como “Haifa, PAL [Palestina]”.

Lina Makoul, que tem 31 anos e é palestina israelense, anunciou sua performance em um bar local, o Fattoush Bar, no último sábado. Sua declaração gerou reações negativas entre alguns usuários de redes sociais em Israel. Entre os críticos, estava o influenciador de direita Yoseph Haddad, que pediu a revogação da cidadania da cantora e a acusou de ser uma “apoiadora do terrorismo”.

A prefeita Yona Yahav também se manifestou contra Makoul, alertando-a em uma postagem no Facebook que Haifa é uma cidade do “estado democrático judaico de Israel” e que essa situação não mudará. Yahav comentou que é lamentável que a cantora use seu talento de forma que possa prejudicar a coexistência entre os diferentes grupos que vivem na cidade. Ela deixou claro que, enquanto estiver no cargo, Lina não poderá se apresentar em eventos organizados pela municipalidade.

No entanto, segundo informações de um meio de comunicação, o Fattoush Bar confirmou que o show de Makoul ocorreu conforme o planejado, apesar da proibição da prefeita. Um porta-voz da cidade esclareceu que a restrição se aplica apenas às apresentações organizadas pelo município. Assim, a cantora não pode ser impedida de se apresentar em locais privados, como foi o caso do bar.

Esses acontecimentos trazem à tona questões sobre a convivência e a liberdade de expressão em um contexto comunitário marcado por tensões políticas e sociais. A situação de artistas e sua expressão cultural muitas vezes se entrelaça com debates mais amplos sobre identidade e pertencimento na região.