A cidade de Monterrey, no México, registrou um aumento significativo na comercialização de espaços para escritório no segundo trimestre deste ano. A área destinada a escritórios teve um crescimento de 26,5%, totalizando 36 mil metros quadrados vendidos. Esse aumento está diretamente relacionado à força do mercado industrial local, que impulsiona a demanda por novos espaços.
As empresas de manufatura lideram essa demanda, sendo responsáveis por 56% das novas locações. Outros setores, como logística e transporte, contribuíram com 16%, enquanto o setor financeiro representou 11% das locações. Esse cenário ajudou a reduzir a taxa de vacância na cidade, que agora é de 14,7%, correspondendo a uma área disponível de 216 mil metros quadrados.
Atualmente, há um ajuste na disponibilização de espaços em “obra gris”, que são aqueles sem acabamento. Destes, 53% estão sendo comercializados, enquanto 47% são espaços que já foram tratados com algum nível de acabamento. O estudo revela que a área de Santa María concentra 40% da vacância entre os submercados da cidade, o que equivale a um inventário total de 1,47 milhão de metros quadrados de espaços de alta qualidade.
No contexto do mercado corporativo, Monterrey viu a inclusão de 32 mil metros quadrados de novos espaços durante o mesmo período, resultando em um crescimento anual modesto de apenas 2,2%. Apesar desse crescimento, a construção de novos edifícios segue um ritmo lento, com apenas duas torres completadas. Entretanto, as expectativas para o segundo semestre indicam que a oferta de espaços pode aumentar.
A absorção líquida de novos espaços para escritório também apresentou melhora, encerrando o trimestre com 39 mil metros quadrados ocupados, o que representa uma recuperação após o desempenho negativo do trimestre anterior. Além disso, a absorção bruta, que inclui todos os espaços comercializados, superou 25 mil metros quadrados, somando um total semestral de 36 mil metros quadrados.
O submercado de Valle Oriente destacou-se, recebendo a maior parte da demanda, com mais de 10 mil metros quadrados comercializados, representando 29% do total. Outros submercados significativos incluem Santa María e Margain – Gómez Morín, com participações de 22% e 18%, respectivamente. É importante notar que 67% dessa nova demanda foram para espaços já prontos ou mobiliados, enquanto uma pequena parte foi destinada a escritórios em construção.
As perspectivas para o restante do ano são de uma demanda continua, embora em um ritmo um pouco mais lento do que na primeira metade do ano. O corredor de Valle Oriente, por exemplo, tem se destacado não apenas pela alta demanda, mas também pela redução na vacância, especialmente em relação a empresas que buscam áreas prontas para uso imediato.
