O Mundial de Clubes, promovido pela FIFA, está gerando debates entre clubes e jogadores, especialmente da Europa. A entidade, que investiu fortemente em prêmios financeiros para atrair as equipes, enfrenta desafios que fogem ao seu controle.
Em 2024, a Copa do Mundo será sediada nos Estados Unidos, e o atual Mundial de Clubes está servindo como um teste para o evento. No entanto, várias questões têm surgido, especialmente entre os clubes europeus. Uma das principais reclamações é que o torneio ocorre durante o período de férias dos clubes europeus e no meio da temporada de competições na América do Sul. Isso levanta preocupações sobre o desgaste físico dos jogadores, especialmente em temperaturas elevadas típicas do hemisfério norte nesta época do ano.
Pep Guardiola, técnico do Manchester City, expressou sua insatisfação após a surpreendente eliminação de sua equipe, que perdeu para o Al-Hilal em uma partida emocionante. Guardiola mencionou que o torneio tem sido exaustivo para os times. Jürgen Klopp, ex-técnico do Liverpool, chamou a competição de uma “péssima ideia”, refletindo a visão de muitos jogadores, incluindo Raphinha, do Barcelona, que afirmou que abrir mão das férias é um “direito” dos atletas.
Além disso, o torneio trouxe à tona a perspectiva de que um título mundial pode não ter o mesmo prestígio que a Liga dos Campeões. Vários clubes chegaram aos EUA sem expectativas e retornaram sem resultados, deixando suas torcidas decepcionadas. Um exemplo é o Atlético de Madrid, que sofreu uma grande derrota para o Paris Saint-Germain, causando indignação entre seus torcedores.
A situação do Porto também foi delicada, com a torcida recebendo a equipe sob protestos após perder um título. Na Inter de Milão, a pressão após a eliminação gerou tensão interna, como evidenciado pelas declarações do capitão Lautaro Martínez, que deixou claro que a situação no vestiário estava complicada.
Apesar dos problemas, algumas inovações positivas foram introduzidas, como a tecnologia de arbitragem, que funcionou sem grandes controvérsias. Contudo, questões logísticas, como o calendário das competições e os altos preços dos ingressos, continuam a ser tópicos de preocupação. Há também a necessidade de discutir as diretrizes climáticas e o visto do técnico do Chelsea, Enzo Maresca, que expressou frustração com a atual situação do torneio.
O Mundial de Clubes segue como um evento significativo, mas as críticas e desafios encontrados até agora ressaltam a complexidade do cenário atual do futebol.
