A cerimônia de premiação da 19ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) ocorreu nesta segunda-feira, dia 30, e homenageou 8.496 estudantes de escolas públicas e privadas, que receberam medalhas. Além disso, 51.002 alunos foram agraciados com certificados de menção honrosa.
Participaram do evento representantes de quase todos os 5.564 municípios brasileiros, abrangendo 99,9% do total, e um total de 56.513 instituições educacionais estiveram envolvidas nesta edição da olimpíada.
Dentre os premiados, 683 estudantes receberam medalhas de ouro, 1.962 conquistaram prata e 5.851 foram agraciados com bronze. Quando analisamos a distribuição das medalhas de ouro por tipo de instituição, 500 foram para escolas públicas e 183 para escolas privadas. São Paulo destacou-se como o estado com o maior número de medalhas de ouro, totalizando 158, seguido por Minas Gerais com 93 e o Rio Grande do Sul com 71.
De acordo com o Ministério da Educação, nesta edição, a olimpíada recebeu a inscrição de mais de 18,5 milhões de alunos, estabelecendo um recorde de participação. O evento aconteceu em um hotel na Zona Oeste do Rio de Janeiro e é promovido pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou o sucesso da olimpíada, enfatizando a importância da participação dos alunos e o impacto positivo na formação deles. Ela mencionou que a matemática não deve ser vista como um desafio intransponível e que, com métodos apropriados, pode ser acessível a todos.
Os medalhistas também foram convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC), que oferece a oportunidade de aprofundar os conhecimentos em matemática. Os alunos de escolas públicas receberão uma bolsa de R$ 300 para apoiar essa jornada.
No evento, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou o lançamento do programa Compromisso Nacional Toda Matemática, que busca melhorar a qualidade do ensino de matemática nas escolas. Essa iniciativa surge em resposta aos desafios identificados, como os resultados do último exame PISA, que mostrou que mais de 70% dos alunos de 15 anos não têm um aprendizado adequado em matemática.
Santana informou que a elaboração do programa envolveu a consulta a professores e gestores escolares, com o objetivo de reduzir as desigualdades regionais na educação e aprimorar as avaliações educacionais nas redes de ensino. A proposta é que o governo federal atue no apoio à formação de professores e forneça assistência técnica e financeira às escolas.
