Peñarol conquistou o título do Torneio Intermedio pela primeira vez ao vencer Nacional nos pênaltis por 5 a 3, após um empate de 0 a 0 ao final de 120 minutos de jogo, realizado no Estádio Centenário.
Desde o início da partida, a tensão foi palpável entre as duas equipes. O jogo ficou muito disputado e não foi muito atraente, refletindo o clima de uma final clássica. Assim que a bola rolou, uma bengala lançada pelos torcedores do Nacional acertou a área da imprensa, ferindo uma pessoa e fazendo com que o árbitro interrompesse a partida por alguns minutos.
Nacional surpreendeu ao escalar Jeremía Recoba na ala esquerda e Rómulo Otero na direita, optando por deixar de fora os jogadores mais rápidos, Lucas Villalba e Exequiel Mereles. Do lado do Peñarol, Diego García foi uma das grandes novidades no ataque.
O time dirigido por Pablo Peirano buscava se aproveitar das laterais e, em determinados momentos, tentava passes verticais em direção a Gonzalo Petit e Nicolás López. Contudo, as oportunidades foram escassas no início. A primeira chance clara veio depois de um bom tiro livre, mas a bola passou acima do gol. Peñarol começou a dominar a partida, ganhando as disputas no meio de campo.
Aos 12 minutos, Leo Fernández fez um tiro livre que passou longe do travessão. O time aurinegro, com Leo Fernández, tentava movimentar o jogo e acelerar as jogadas com Diego García e Javier Cabrera. Já o Nacional trabalhava suas jogadas principalmente pela esquerda.
Aos 18 minutos, Nicolás López teve uma oportunidade, mas o remate saiu pela linha de fundo. Peñarol respondeu com uma boa jogada que terminou em um chute de Javier Cabrera, defendido por Luis Mejía. O jogo seguia intenso, mas ambos os times ainda careciam de clareza na finalização das jogadas. Aos 27 minutos, Diego García também teve uma chance que não se concretizou.
Nesse mesmo minuto, Javier Cabrera fez um cruzamento ao meio que bateu na mão do zagueiro colombiano Julián Millán, mas o árbitro Esteban Ostojich não marcou pênalti, alegando que o braço estava junto ao corpo e não alterou a trajetória da bola.
Peñarol mostrava-se superior, com um jogo compacto que oscilava entre momentos de forte marcação e ataques rápidos. Ostojich teve que lidar com várias reclamações, principalmente de Leo Fernández. A melhor chance do primeiro tempo ocorreu aos 32 minutos, quando um cabeceio de Sebastián Coates obrigou Martín Campaña a realizar uma grande defesa.
O primeiro tempo ainda teve um chute de média distância de Rómulo Otero, que acabou sendo muito alto, e um remate de Maxi Silvera que ficou nas mãos de Luis Mejía.
No começo do segundo tempo, o Peñarol buscou continuar impondo suas condições. O primeiro remate foi de Otero, facilmente defendido por Campaña. Aos 53 minutos, Leo Fernández cobrou um tiro livre que exigiu mais uma intervenção de Mejía, confirmando sua boa atuação na partida.
À medida que o jogo avançava, os técnicos começaram a fazer mudanças para tentar quebrar o empate. Diego Aguirre colocou David Terans em campo e Pablo Peirano trocou jogadores em busca de uma nova dinâmica. Peñarol estava dominando e criava oportunidades, mas Mejía continuava a salvar o Nacional em várias situações.
Com menos de quinze minutos para o fim do tempo regulamentar, Aguirre decidiu reforçar a defesa. O árbitro encerrava os 90 minutos, resultando em dois tempos extras, uma decisão considerada injusta por muitos, já que Peñarol controlava melhor o jogo.
No prolongamento, Mejía teve novas intervenções decisivas, incluindo uma defesa em um mano a mano com Terans. Aguirre tinha suas peças desgastadas e fez substituições para fortalecer o meio de campo. Durante o segundo tempo da prorrogação, um gol perdido de Villalba quase selou o destino da partida, mas Maxi Olivera conseguiu evitar o que parecia certo.
A disputa de pênaltis começou com Terans anotando para Peñarol, enquanto Campaña defendeu o remate de Carneiro. Leo Fernández e Sebastián Coates marcaram seus pênaltis, assim como Coelho e Boggio. Finalmente, Umpiérrez converteu o pênalti que garantiu o título para o Peñarol.
