A proposta de agenda do presidente Donald Trump no Senado dos Estados Unidos enfrenta dificuldades. Os líderes do Partido Republicano se preparam para uma votação crucial, enquanto surgem descontentamentos entre alguns senadores.
Neste fim de semana, o senador Thom Tillis, da Carolina do Norte, expressou sua oposição ao projeto. Ele foi um dos dois senadores a votar contra o avanço da proposta, citando preocupações com cortes no programa de saúde Medicaid. No dia seguinte à votação, Tillis anunciou que não será candidato à reeleição e, em um discurso contundente, afirmou que não votaria a favor do projeto até que a liderança demonstrasse que tinha feito a devida análise da situação.
Outro senador notório na oposição é Rand Paul, de Kentucky. Ele também planeja votar contra a proposta, criticando o aumento do teto da dívida em cinco trilhões de dólares. Paul argumentou que isso demonstra um reconhecimento de que o controle do déficit não está sendo respeitado, o que, segundo ele, vai contra os princípios conservadores.
A insatisfação com os cortes no Medicaid não é restrita a Tillis e Paul. As senadoras Lisa Murkowski e Susan Collins também levantaram preocupações. Collins, uma senadora independente do Maine, afirmou que, se o projeto não sofrer mais mudanças, ela tende a votar contra. Apesar de ter apoiado a votação inicial, ela deixou claro que isso não significa que apoiará a versão final do projeto.
O senador Josh Hawley, de Missouri, que tinha preocupações sobre como os cortes no Medicaid poderiam afetar hospitais rurais, decidiu apoiar o projeto, o que representa uma vitória significativa para os líderes republicanos.
Antes da votação, o vice-presidente JD Vance foi ao Capitólio para ajudar o líder da maioria no Senado, John Thune, a convencer os senadores que estavam indecisos sobre a proposta. O vice-presidente poderá ser chamado novamente para desempatar, caso a votação final fique em um empate.
Thune e Vance se reuniram com outros senadores, como Ron Johnson, Mike Lee, Cynthia Lummis e Rick Scott, antes da votação. Todos os quatro votaram a favor do avanço do projeto, e sua atuação será observada de perto nas próximas etapas da discussão.
