Mercado de patinetes elétricos deve atingir US$ 10,3 bilhões até 2035 –

O mercado global de patinetes elétricos deve crescer significativamente nos próximos anos, passando de 3,4 bilhões de dólares em 2025 para 10,3 bilhões de dólares até 2035, com uma taxa de crescimento anual composta de 11,8%. Esse aumento é impulsionado pela demanda crescente por soluções de mobilidade pessoal que sejam compactas, eficientes em termos de energia e com baixa emissão de poluentes, especialmente em áreas urbanas, onde o trânsito e a poluição do ar são grandes preocupações.

Os patinetes elétricos deixaram de ser apenas produtos inovadores e passaram a fazer parte fundamental dos sistemas modernos de micromobilidade. Eles são valorizados pela portabilidade, acessibilidade e sustentabilidade, características que atraem trabalhadores que vão e voltam do trabalho, estudantes universitários e serviços de entrega de última milha. Com as cidades investindo em infraestrutura para transporte verde e desencorajando o uso de veículos movidos a combustíveis fósseis, os patinetes elétricos surgem como uma alternativa prática e fácil de usar. A integração com sistemas de transporte público e o apoio governamental à mobilidade elétrica devem acelerar ainda mais a adoção desses veículos na próxima década.

Além disso, o crescimento dos serviços de mobilidade compartilhada e das plataformas de aluguel de patinetes elétricos nas áreas urbanas ampliou o acesso a este meio de transporte, tornando-o cada vez mais comum e preferido. O avanço da tecnologia das baterias, a introdução de recursos inteligentes e o aumento da segurança durante os passeios posicionam o mercado para continuar crescendo de forma sustentável.

A popularidade dos serviços de patinetes compartilhados nas cidades está crescendo, reduzindo a necessidade de propriedade individual e aumentando a acessibilidade. A incorporação de tecnologias de Internet das Coisas (IoT) e GPS nas scooters permite um melhor rastreamento e gerenciamento das frotas, aumentando a conveniência para os usuários. Há também uma demanda crescente por modelos dobráveis e leves, que são ideais para o deslocamento urbano. Além disso, os modelos de posse por assinatura estão se tornando mais comuns, oferecendo acesso flexível e custo-benefício aos consumidores. O foco em designs duráveis e à prova d’água também está em ascensão, garantindo melhor desempenho em diferentes condições climáticas.

As forças que impulsionam o crescimento do mercado incluem um aumento na conscientização sobre a poluição do ar e as mudanças climáticas, o que move consumidores em direção a opções de mobilidade mais sustentáveis. A expansão das ciclovias e das infraestruturas dedicadas à micromobilidade em diversas cidades também contribui para esse crescimento. O apoio de políticas públicas, como incentivos fiscais para veículos elétricos, e a demanda de serviços de entrega que buscam alternativas de transporte mais econômicas são outros fatores que estimulam o setor. A alta penetração de smartphones facilita o aluguel e a navegação por meio de aplicativos, melhorando a experiência do usuário.

Entretanto, o mercado enfrenta desafios como a limitação na autonomia das baterias e longos tempos de recarga, o que pode desestimular alguns usuários. Questões relacionadas à segurança dos condutores e a falta de regulamentações claras em algumas regiões também são preocupações. Além disso, atos de vandalismo e o furto de patinetes compartilhados representam um desafio financeiro e operacional para os prestadores de serviço. O enfrentamento de terrenos difíceis e as condições climáticas adversas também podem limitar o uso dos patinetes em algumas áreas.

Por outro lado, há oportunidades para inovações, como avanços em baterias de estado sólido e sistemas de recarga rápida, que podem melhorar o alcance e a eficiência dos patinetes. A introdução de tecnologias de inteligência artificial que proporcionem maior segurança, como equilíbrio automático e controle de velocidade adaptativo, é uma tendência em ascensão. A expansão para mercados suburbanos e de cidades menores, onde a infraestrutura tradicional de transporte é limitada, representa outra oportunidade para o crescimento. A integração de iniciativas de planejamento urbano e estruturas de cidades inteligentes pode ajudar na promoção de alternativas de transporte ecológicas. Há também espaço para o desenvolvimento de modelos personalizados voltados para logística e entregas, criando novas demandas comerciais.

Recentes avanços na indústria incluem investimentos de fabricantes em designs modulares e sistemas de baterias intercambiáveis, que visam reduzir o tempo de inatividade dos veículos. Cidades como Paris, Berlim e Los Angeles estão aumentando as estações de docking e criando regulamentações para operações de patinetes. Novas tecnologias de segurança, como freios automáticos, indicadores de LED e alarmes antifurto, estão sendo rapidamente introduzidas no mercado. As plataformas de aluguel de patinetes estão implementando programas de fidelidade e preços por minuto para atrair usuários frequentes, além de parcerias entre operadores de transporte público e empresas de patinetes, promovendo opções de transporte multimodal.

Em termos regionais, a América do Norte está experimentando uma adoção rápida, com cidades como São Francisco, Austin e Nova York sendo exemplos. O crescimento do mercado na região é sustentado pelo aumento da população urbana, por consumidores familiarizados com tecnologia e por políticas municipais favoráveis. Na Europa, as cidades são líderes em adotar mobilidade sustentável, com forte apoio regulatório e ampla disponibilidade de serviços de compartilhamento de patinetes. Na Ásia-Pacífico, espera-se um crescimento acelerado, impulsionado por alta densidade urbana e o aumento das necessidades logísticas do comércio eletrônico, especialmente na China, Índia e Coreia do Sul. Na América Latina, países como Brasil, Chile e México estão adotando programas de mobilidade compartilhada como parte de soluções mais amplas de transporte urbano. No Oriente Médio e na África, há um crescente interesse por opções de transporte de baixo custo e baixa manutenção, especialmente nos Emirados Árabes Unidos e na África do Sul.