As vendas de iPhones pela Apple na China cresceram pela primeira vez em dois anos no segundo trimestre deste ano, conforme indicou a firma de pesquisa Counterpoint Research. Esse aumento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado ocorre após um período de dificuldades para a empresa em um dos seus mercados mais importantes.
O crescimento nas vendas foi impulsionado por campanhas promocionais em maio, quando empresas de comércio eletrônico na China ofereceram descontos significativos nos novos modelos do iPhone 16. Além disso, a Apple aumentou os valores de troca para alguns modelos de iPhones, o que também contribuiu para essa recuperação.
A estratégia de ajuste nos preços foi considerada bem-sucedida, especialmente porque aconteceu uma semana antes do festival de compras 618, que ocorre todo mês de junho na China, quando os varejistas online oferecem grandes descontos.
Este retorno ao crescimento é favorável para os investidores da Apple, que viram as ações da companhia caírem cerca de 15% ao longo do ano, devido a diversos desafios enfrentados. Entre esses desafios, estão as ameaças do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que pressionou a Apple a fabricar iPhones nos Estados Unidos, uma mudança considerada quase impossível por especialistas. Além disso, a concorrência com a Huawei também se intensificou.
A Huawei, que teve sua divisão de smartphones afetada por sanções dos Estados Unidos, voltou ao mercado com força no final de 2023, lançando um novo telefone equipado com um chip avançado. Esse lançamento ajudou a empresa a recuperar parte de sua fatia de mercado e intensificar a competição com a Apple na China.
Dados da Counterpoint mostram que as vendas da Huawei cresceram 12% no segundo trimestre, tornando-se o maior fabricante de smartphones no país, seguido pela Vivo e depois pela Apple. A lealdade dos usuários da Huawei tem sido um fator importante, à medida que muitos consumidores estão trocando seus antigos aparelhos por novos modelos da marca.
